“As
Cores do Sagrado” em 50 obras do artista Carybé na Caixa Cultural São
Paulo com curadoria de Solange Bernabó filha do saudoso artista.
Quando
me hospedava na casa de Jorge Amado na Bahia, Carybé fazia um tour Candomblé comigo
e uma vez, comigo e Clara Nunes, quando Mãe Menininha gritou Oya e dobrou toque
na entrada inesquecível. O argentino de nascimento, mas baiano por opção,
Carybé foi um dos mais produtivos e inquietos artistas do Brasil.
A
mostra a partir do dia 10: “Essa mostra não retrata o lado místico, fruto
da imaginação de Carybé. É uma representação da realidade, a partir da
observação do que, de fato, acontecia nos terreiros. Ele retratava com respeito
e beleza as práticas da religião”, diz Solange.
Imagens
produzidas nos 30 anos de pesquisas, entre 1950 e 1980, registros de vivências
pessoais do artista nos terreiros que frequentava. As casas de matriz africana,
tradição nagô, jeje e angola. Sem fotografar – não é permitido -, a memória de
Carybé registrou tudo e retrata com exatidão a riqueza das práticas, ritos de
iniciação, passando pela festas, incorporação dos orixás, rituais fúnebres, incrível.
Nas
fotos: Carybé, em agosto de 1997, na casa em Brotas, dois meses antes de
morrer. Foi no espaço, para onde se mudou em 1961, com a mulher e os filhos,
que ele criou. O Instituto Carybé criado há alguns anos. Solange Bernabó, filha do artista, é a
secretária da instituição.
Caixa Cultural
São Paulo. Praça da Sé, 111 – Centro. Abertura: 10 de dezembro de 2016
(sábado), às 11h. Visitação: 10 de dezembro de 2016 a 28 de fevereiro de 2017
- terça-feira a domingo – 9h às 19h.
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