'Vou
criar o bloco conversando é que a gente se entende', disse o prefeito Marcelo
Crivella ironizando críticas sobre corte de verba para o carnaval 2018 nesta
segunda-feira (19).
"Acho
que vou criar o bloco 'é conversando que a gente se entende'. Estamos
enfrentando uma crise e as crianças e as creches são prioridades. Temos de
reavaliar e corrigir os custos do ano passado, quando houve um aumento do
subsídio num momento de euforia", afirmou Crivella.
O
prefeito também comparou a discussão com as cólicas de um parto: "Cólicas
não são pra desanimar. As cólicas de uma mulher que vai dar à luz são
redentoras. Espera que nasça uma solução para o problema", disse o
prefeito.
Hoje,
representantes da Liesa vão se reunir com o presidente da Riotur, Marcelo
Alves.
"Nós
temos muitas crianças necessitadas no Rio de Janeiro, não só as das creches da
prefeitura. Quando você pega um momento difícil como este e quer atingir o que
mais embeleza o carnaval carioca é muita demagogia. Eu sou macumbeiro mas eu
não sou demagogo. Não tenho meios e ganhos que não seja o carnaval , e muita
gente que trabalha o ano inteiro também não tem. Não tem vagabundo, não tem
ladrão", acrescentou o carnavalesco da Beija-Flor.
Quando
ainda era candidato, em agosto de 2016, durante campanha Crivella disse que
iria manter patrocínio às escolas de samba feita em uma das entrevistas
do G1 que pediu ao prefeito um posicionamento sobre a promessa de
campanha, mas obteve a resposta de que ele está em viagem oficial na Holanda.
Em nota, informou ainda que haverá um encontro com a Liesa no início da semana
que vem.
"Juntos,
estão alinhados em estudar caminhos para que o Carnaval de 2018 seja realizado
da melhor maneira possível. Pode ter certeza que toda expressão democrática das
minorias será garantida, terá apoio da prefeitura. Não vamos de maneira nenhuma
ser um prefeito arrogante, senhor das próprias ideias. A Parada Gay, por
exemplo. As pessoas acham que vou coibir e acabar com a Parada Gay. A Parada
Gay tem recursos públicos, é preciso segurança, é preciso de limpeza. Tudo isso
terá. É uma expressão democrática da minoria e tem que ser respeitado. A mesma
coisa o Carnaval. O Carnaval vai ser respeitado", diz ele.
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