domingo, 17 de julho de 2016

Jornalista Baby Garroux: Tem uma garotada de valor no Brasil que não é fixada em blogs de moda, de bla-bla-blás, e outras futilidades.... Venceram na Educação e estão brilhando fora do país...




Lucas de Almeida, da rede estadual de ensino do Espírito Santo, de apenas 17 anos, venceu votação de Harvard com projeto para baratear o diagnóstico de câncer de pele usando o exame de sangue.

Ele pretende contar com a ajuda da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Lucas participa do programa "Village to Raise a Child", de Harvard, que tem como objetivo desenvolver o empreendedorismo social entre jovens. Lucas conseguiu 23.423 votos, o maior número da história do programa, e vai passar por uma entrevista com representantes de Harvard. O resultado final deve ser divulgado no próximo dia 25 de julho.

"Eu não dava tanta importância ao assunto e comecei a pesquisar na internet. Daí, vi que as pessoas ignoram manchas na pele. Isso atrasa o tratamento e a cura do câncer. Pensei que se as pessoas descobrirem precocemente, a chance de cura aumenta. Por isso, tive a ideia de diagnosticar o câncer de pele por meio do exame de sangue", completou.





Por outro lado, uma equipe de estudantes do ensino médio conquistou a medalha de bronze no Torneio Internacional de Jovens Físicos, conhecido também como Copa do Mundo de Física.

Os alunos Lucas Vilanova, Matheus Camacho, Pedro Lopes, Victor Hugo Miranda Pinto e Vitor Daisuke Tamae representaram o Brasil na competição, que aconteceu em Ecaterimburgo, na Rússia, e reuniu 27 países.

"É algo a mais do que você simplesmente ter uma aula. É um jeito dinâmico e interessante de ter uma iniciação científica. É isso que eu acho mais legal, é bem empolgante. Em momento nenhum você pensa que é algo chato que você está fazendo", explica Matheus Camacho, 17, sobre a participação no Torneio. Esta é a segunda vez que o estudante participa da competição. No ano passado, ele e a equipe brasileira conquistaram a medalha de prata.

O Torneio é organizado em embates diretos entre as delegações de cada país. A organização libera, com um ano de antecedência, uma lista com problemas "abertos" – ou seja, sem resposta única. Em cada rodada da competição, três equipes se enfrentam: a relatora apresenta uma solução para o problema, a oponente aponta falhas e acertos na resolução e a avaliadora julga os dois grupos. Cada uma delas é avaliada por um júri, que atribui notas.



Outro premiado foi Denis José da Silva aos 17 anos, que tem uma vida marcada por superar desafios. Sua família vivia nas ruas de Ribeirão (a 88 km do Recife). Denis, no 2º ano do ensino médio, foi selecionado para estudar medicina na Universidade de Manitoba, no Canadá. Fez uma vaquinha e vive hoje com cinco familiares em uma pequena casa.

Para chegar ao Canadá, Denis pretende arrecadar R$ 8 mil. O prazo final para dar o "ok" e garantir a vaga é setembro. Na corrida contra o tempo, começou uma campanha na cidade, onde já arrecadou R$ 1.000. 

"O dinheiro servirá para pagar as passagens, comida durante a viagem, transporte e, se sobrar, alguma roupa de frio. Ainda tenho algumas que comprei quando tava no Canadá e que ganhei de presente das pessoas que ficaram comigo lá. Também recebi doações de roupa aqui", disse.

Foi selecionado no programa de intercâmbio Ganhe o Mundo, do governo de Pernambuco. Ele foi o único da escola e passou cinco meses (entre setembro de 2015 e início de fevereiro de 2016) na cidade de Killarney, no Canadá, para estudar inglês. As despesas foram custeadas pela Secretaria de Educação do Estado. Foi no país que ele se candidatou a uma vaga na universidade.

"Em janeiro, teve uma feira de universidades na escola. Os estudantes podiam se inscrever em duas, e eu me inscrevi na Brandon University e na Manitoba University. Entrei no site e apliquei o teste online. Daí eles me mandaram um e-mail pedindo boletim, carta de recomendação, etc. Eu passei tudo e, logo depois, eles me mandaram o e-mail de aprovação", conta o jovem.

Além do curso, ele terá direito a dormitório e alimentação no refeitório da instituição. Para se manter lá, porém, ele pretende trabalhar. "Minha host grandmother [que é a tutora do estudante durante o intercâmbio] é dona de um hotel e um restaurante próximos à universidade. Já falei com ela e posso trabalhar aos fins de semana, basta conseguir um visto de estudo/trabalho", explicou.

"Sempre fui apaixonado pela medicina, não consigo pensar em outra profissão que me faria mais feliz. Mas dizer que é só por vocação seria mentira. Também penso em dar uma vida melhor para minha família. Não penso muito em mim, penso neles. Não gosto de ver eles sofrendo nessa situação miserável", contou.

Denis tem 11 irmãos, mora numa casa de apenas um quarto com três dos irmãos. O único que tem direito a cama é o irmão mais novo, de 7 anos, que divide a cama com os pais.

"A gente já viveu debaixo de ponte, em quadras abandonadas. Hoje vivemos de aluguel, mas a situação da casa, dos móveis, não é boa, mas é melhor que a rua", lembra.



A estudante Lorrayne Isidoro Gonçalves, 17, teve a confirmação de seu passaporte e vai representar o Brasil na 16ª Olimpíada Internacional de Neurociência (2016 Brain Bee World Championship), em Copenhague, na Dinamarca.

O pai da estudante, é um ambulante Jorge Cabral Gonçalves, 61.

A adolescente se credenciou para a competição ao vencer a 4ª Olimpíada Brasileira de Neurociências (Brazilian Brain Bee), em São Paulo, no dia 14 de maio. Moradora da favela da Camarista Méier, na zona norte do Rio, ela precisou recorrer a uma vaquinha na internet para viabilizar a viagem.



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