quarta-feira, 25 de julho de 2012

A PARTIDA DO BARCO MOVENPICK...





A partida aconteceu às 12h30min do dia 24 como o previsto, e a navegação continua como se estivesse flutuando sob um tapete encantado. Nota-se a alegria dos egípcios que trabalham no barco, só homens. Afinal eles estão ali dentro para isso: navegar é preciso. A temperatura hoje varia de 43 a 47 graus no exterior. Não se sente o balanço do barco em nenhum momento e podemos calmamente observar nas duas margens do rio, as pequenas cidades ou vilas com suas crianças nadando no Nilo tranquilamente. Ou as mulheres de cabeça coberta lavando suas roupas como antigamente batendo na pedra. Muitos dão adeus em nossa passagem. Observei algumas casas bem coloridas o que não é comum no Cairo ou Luxor já que eles mantêm a cor bege tradicional. Muito bom ouvir outras línguas de passageiros de vários países reunidos no mesmo espaço.
Durante o almoço sempre servido a partir das 13h00min ouvi a gritaria que eu estava esperando acontecer. Das Felucas (com os barqueiros com a típica embarcação com velas), e suas butiques aquáticas. É o início da negociação típica da África. Os barqueiros com seus barcos muito pequenos, amarrados em alguma parte do grande barco, jogam os Galabeya (ou jalabeya, ou jalabás) para dentro do barco, e se a pessoa gosta da roupa, começa a negociar. Até chegar ao preço que seja bom para ambos. Aceitam qualquer dinheiro. Até nosso Real, acreditem. Algumas vezes ao jogar, as roupas caem dentro da água e a animação e gritos ganham ritmo enquanto os barqueiros vão se equilibrando nas ondas que vão se formando. É a festança geral.



Depois o barco segue seu rumo com boa programação festiva, uma vez que a lotação correspondeu a expectativa. Se alguém esperava ver algum jacaré do Nilo, enganou-se. Ficou nos reinos do passado. Vemos muitas plantas, folhas, e lógico, também as garrafas de plástico que jogam dos navios.
A correria para o terraço do Barco acontece no momento da Edusa de Esna, a comporta. O Nilo deságua na Alexandria e começa o processo desde o sul do Egito. O barco, quando vai de Luxor para Aswan passa pela comporta. O nível da água do outro lado da comporta é maior e o barco espera completar e sobe. Dando o nível, segue viagem. Na volta o barco desce. Tudo é folia.
No terraço do barco ou através das janelas de vidro, vemos as formações de dunas de areia sobre as pedras como mini pirâmides que eles chamam de Telechain. Entre as muitas vilas que avistamos, de um dos lados da margem. Do outro lado, vemos o trem passando paralelo aos carros na pequena estrada que dá para ver de longe. A comunicação entre os dois lados é feita de bote.



Os bois e crianças se refrescam nas águas do Nilo com muita vegetação, pelo menos nas margens. É o oásis no deserto de areia. Os barcos Cruzeiros passam no Nilo de um lado para o outro, com as moçoilas desfilando seus biquínis ao sol para os olhos surpresos dos egípcios acostumados com a tradição deles. Durante todos os dias o barco passa por minuciosa limpeza e seus carpetes são lavados. Nos quartos, após limpeza, eles brincam fazendo decorações com toalhas e objetos que encontrarem. Muito graciosa as criações dos 70 homens que trabalham no Cruzeiro.




Às 18h30min começa a escurecer e a cor do sol é indescritível quando ele dá seu adeus, beijando as águas do Nilo. De um vermelho cor de fogo, lembrando tantos filmes que já assistimos e deixaram saudades. É coisa de cinema mesmo. Os pássaros voam de volta aos seus ninhos para adormeceram na despedida do fogo que iluminou o entardecer.


Hoje, a noite comoeles chamam das fantasias, onde todos vestem seus Galabeya e se sentem no clima...



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