domingo, 22 de agosto de 2010

VIAJANDO PELA ARTE DE RENATO PRIMI




Viajar pelo mundo de Renato Primi, é estar em permanente contato com a arte. Seja no design gráfico, na pintura, no desenho ou fotografia analógica, como também na sua sarcástica aventura pelo mundo jornalistico, enfim, homem de mil facetas.

Privilegiada sou eu ter conhecido seu laboratório e casa espetacular, perfeita nos mínimos detalhes. Eu diria que é um preservador na natureza. Todas as plantas que fazem parte do melhor de nossos jardins, rodeiam sua casa. Tipo "estou no Brasil e não nego as cores de nossa bandeira".

Renato Primi (Duran).
Conheço sua jornada como publicitário onde atuou durante 25 anos na propaganda. Foi exatamente no local que conheceu a cerâmica de alta temperatura e começou seu trabalho com aço, transformando-se em exímio escultor com este material.

O artista nasce pronto. Apenas precisa ser borilado. Seu trabalho já estava embutido em sua alma de artista. Foi descobrindo o que viria pela frente com seus amigos e vizinhos que apreciavam sua obra colocada no jardim de sua casa. Lá onde cria, transforma, atua, sente e decide tudo praticamente sozinho: "Sempre tive ligação com os metais. Me fascinam. Trabalhar com o aço é um grande desafio, pois de certa forma é um material plasticamente limitado. Exige muita criatividade. Apesar do peso e da brutalidade, procuro trabalhar na leveza, no elegante, no belo. "

Seu outro hobby é fotografar. Onde vai, leva sua máquina e registra os fatos. Tem um acervo de fotos enorme de gente da mídia, celebridades, objetos que chamam a sua atenção, é dedicado: "A fotografia, em especial, continua e sempre estará ao meu lado."



Sua inspiração veio de mestres como Sérgio Camargo, Franz Weissmann, Amílcar de Castro, Lygia Clark, Mário Cravo, entre outros: "O mais difícil para todo artista é conseguir trilhar e ter sua própria linguagem. O mundo é muito veloz."



O paisagismo, o cinema, e a fotografia acompanham sua caminhada de guerreiro, como se estivesse com uma espada nas mãos em punho esculpindo novas vidas. Além de tudo isso, é amigo dos amigos, nunca falta com ninguém, sempre preocupado em fazer que todos que o procuram naveguem na alegria e na felicidade.

Quanto a arte no Brasil, mesmo sendo um mercado restrito, sabe que o sol nasceu para todos. Com talento e garra vai em frente e até mesmo depois de um bom diálogo, bate papo com amigos jornalistas ou não, sai criando o que bateu mais forte em suas veias.

Renato não para. Atravessa noites buscando coisas novas, se alimentando de vida. É um artista nato. Hoje, homenagens da coluna para ele.




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