Morreu nesta quinta-feira (13), do dissidente chinês Liu
Xiaobo, Prêmio Nobel da Paz de 2010, de acordo France Presse e Reuters no hospital
tratando de um câncer em fase terminal.
Em 2009, o ativista foi condenado a 11
anos de prisão, acusado de "subversão" após reivindicar reformas
democráticas no país.
A
família não aceitava que ele recebesse respiração artificial e Liu Xiaobo se
torna o primeiro Nobel da Paz a morrer privado da liberdade. O porta-voz da
diplomacia chinesa Geng Shuang sempre negando os apelos internacionais para que
o opositor recebesse tratamento no exterior: "Já respondi a esta pergunta
várias vezes. Volto a repetir: esperamos que os países envolvidos respeitem a
soberania da Justiça chinesa e se abstenham de qualquer ingerência nos assuntos
internos da China com o pretexto de defender um caso individual",
declarou.
Na
terça-feira, o Hospital Universitário Nº1 de Shenyang declarou que paciente sofreu um choque séptico, uma
infecção abdominal e foi submetido à diálise. Mas ficam muitas dúvida sobre os
boletins médicos. Ativistas chineses dos direitos humanos, questionam os
boletins médicos divulgados pelas autoridades e temem uma possível manipulação
das informações. "As autoridades controlam todas as informações relativas
ao estado de saúde de Liu Xiaobo e fica difícil verificar a veracidade dos
comunicados publicados pelo hospital na internet", disse à AFP Patrick Poon,
diretor chinês da Anistia Internacional.
"Não
sabemos em que medida são boletins médicos profissionais ou informações
manipuladas com fins políticos", declarou Maya Wang, da organização de
defesa dos direitos humanos Human Rights Watch.
Na
terça-feira, o governo dos Estados Unidos apresentou proposta a China para
receber o dissidente e prêmio Nobel da Paz, para que Liu Xiaobo receba
tratamento médico. O governo alemão também solicitou permissão para o
dissidente deixar o país e se prontificou a tratá-lo. A presidente de Taiwan,
Tsai Ing-wen, fez a mesma proposta.
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