quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Deborah Secco linda e bem articulada.... sabe o que quer...





Deborah Secco linda e bem articulada.... sabe o que quer...


Está entrando no buraco sem fundo da vida e filme sobre Suzane von Richthofen...


A atriz pesquisa a vida da jovem paulista que matou os pais. Deborah Secco depois de 26 anos de carreira, lança o desafio de papéis intensos no cinema. Interpreta uma soropositiva em estado terminal em ‘Boa Sorte’ (estreia dia 20), e vai entrar com tudo no filme sobre a jovem paulista de classe média alta Suzane von Richthofen que matou os próprios pais em 2002.

A direção é de Fernando Grostein, irmão de Luciano Huck. A Secco vai escrever o argumento, produzir e interpretar seu próprio longa.

Gosto desses papéis que me fazem pensar e repensar sobre as minhas opiniões”, diz. “Sobre Suzane, eu tinha a minha opinião muito fechada. Quando fiz a Bruna (em ‘Bruna Surfistinha’, de 2011), minha mente se abriu. Na época, conversei com uma menina que me contou que era estuprada todos os dias pelo padrasto. Quando disse para a mãe dela, ouviu que da próxima vez não deveria reclamar e ficar quieta. Então, aos 12 anos, resolveu fugir de casa e se prostituir, para, pelo menos, receber pelo estupro”, conta a atriz.

 “Ninguém é dono da verdade do outro, ninguém vive a verdade do outro, ninguém sabe o que leva as pessoas a chegarem a pontos extremos. Nós temos as leis dos homens e elas precisam ser cumpridas. A Suzane está fazendo isso. As pessoas ainda insistem muito em condenar alguém que já teve sua vida completamente dilacerada. Não fazemos ideia do que ela passa dentro da cadeia. E eu gostaria de ter essa ideia e conhecer essa realidade, que imagino que deve ser tão dura”, diz Deborah.

Quero me sentir insegura, me perguntar se consigo mesmo fazer aquele papel. Estou guiando a minha carreira não só para o cinema, mas para personagens que me façam acreditar que vão mudar a vida de alguém”, define Deborah.



Experiências e conversas que teve com uma menina de 8 anos com câncer, durante suas pesquisas para compor Judite, de ‘Boa Sorte’. “Ela me perguntou: ‘Está triste porque vou morrer?’ Eu disse que sim, e a resposta foi: ‘Não fica, não, você também vai e pode até ser antes de mim. A diferença é que eu estou fazendo tudo o que eu gosto e você não”, conta: “Aí fui me tocando de que a gente vai morrer e virar só uma lembrança. Então, por que a gente se leva tão a sério e se julga tão importante?”

Eu corri atrás da Carolina Jabor (diretora de ‘Boa Sorte’) e do Marcus Baldini (diretor de ‘Bruna Surfistinha’). Ele não queria me dar o papel de forma nenhuma. Dizia que não queria uma atriz midiática e achava que eu era muito velha. Aí marquei um jantar com ele na minha casa. Botei a minha camisola de bichinho e atendi ele assim, tomando um sorvete e falando como uma adolescente!”, recorda. Convenceu o diretor a lhe deixar interpretar a cinebiografia da ex-prostituta que ficou famosa em todo o país após escrever sobre sua vida em ‘O Doce Veneno do Escorpião — O Diário de uma Garota de Programa’.

A arte é tão maior do que ser atriz, fazer música ou ser cantora. A arte é uma forma de expressão.’ E você não entende isso porque isso te engrandece ou te emociona. Simplesmente acontece”, descreve.

Como dizia o grande Mário Lago: o ator não tem que escolher o personagem. O personagem que tem que escolher o ator”, cita Deborah,.

Estou começando a produção de um filme, que pretendo filmar ano que vem. Ele vem de um microargumento meu, em cima de uma personagem que eu queria fazer. Quero fazer uma mulher coadjuvante, que não seja nada: nem feia, nem bonita, nem magra, nem gorda, nem rica, nem pobre... Pois fiz personagens de grandes rótulos”, revela.




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