O
ator Riz Ahmed, um inglês de origem paquistanesa, diz ter sido vítima de
racismo praticado por outros torcedores da Inglaterra durante o jogo contra o
Uruguai, na Arena Corinthians, em São Paulo.
Na última quinta-feira (19), Ahmed estava no estádio apoiando a seleção inglesa quando passou a ser insultado por outros torcedores do seu país. "Eu estava no estádio em São Paulo cantando 'England! England!'. No intervalo do jogo, recebi um abuso racista de um torcedor inglês. No segundo tempo, já não podia mais cantar", escreveu o ator no microblog Twitter.
O incidente aconteceu alguns dias depois de o ator, que já participou de filmes como "Four Lions" e "III Manors" ter expressado sua alegria em poder torcer no Brasil sem ter de se preocupar com problemas de racismo.
"A melhor coisa sobre o Brasil? Ser um cara moreno e de barba e poder gritar 'England!' sem causar um alerta na segurança", afirmou.
Na última quinta-feira (19), Ahmed estava no estádio apoiando a seleção inglesa quando passou a ser insultado por outros torcedores do seu país. "Eu estava no estádio em São Paulo cantando 'England! England!'. No intervalo do jogo, recebi um abuso racista de um torcedor inglês. No segundo tempo, já não podia mais cantar", escreveu o ator no microblog Twitter.
O incidente aconteceu alguns dias depois de o ator, que já participou de filmes como "Four Lions" e "III Manors" ter expressado sua alegria em poder torcer no Brasil sem ter de se preocupar com problemas de racismo.
"A melhor coisa sobre o Brasil? Ser um cara moreno e de barba e poder gritar 'England!' sem causar um alerta na segurança", afirmou.
Os sites dos jornais ingleses destacaram nesta sexta-feira (20) a eliminação
prematura da Inglaterra da Copa do Mundo, após a vitória da Costa Rica sobre a
Itália. "O sonho acabou", destacou o jornal "The
Telegraph", que entrevistou vários torcedores britânicos após a partida.
Outro torcedor "É a única vez que houve uma Copa do Mundo no Brasil em toda a minha vida por isso tem sido um privilégio estar aqui", afirmou ao jornal. "Nós tivemos grandes momentos e é uma vergonha que a seleção da Inglaterra coloque um freio nisso."
O jornal destacou ainda que se a Inglaterra não ganhar o último jogo, contra a Costa Rica, será a pior atuação de uma seleção inglesa em toda a história das Copas.
Huffington Post também destacou que a eliminação foi a mais precoce desde 1958.
O Guardian mostrou a reação de internautas ingleses no Twitter durante o jogo entre Costa Rica e Itália.
A
revista on-line do jornal Financial Times publicou, nesta sexta-feira (20), um
artigo sobre como o “efeito Copa do Mundo” uniu o Brasil.
Segundo o jornalista Simon Kuper, que assina o texto, os dois mundiais sediados no país (1950 e o 2014) são completamente diferentes no quesito da inclusão.
“Na última Copa do Mundo na casa do Brasil em 1950, a derrota ‘legendária’ da Seleção na final contra o Uruguai provavelmente não foi nem notada pela maioria dos brasileiros analfabetos e da zona rural”, diz ele. Desse vez, porém, Kuper mencionou um e-mail que recebeu de um antropólogo brasileiro que atualmente trabalha em uma tribo indígena isolada na região do Xingu, dizendo que todos os moradores do local acompanharam o jogo de estreia do Brasil, contra a Croácia.
Segundo o jornalista, no Brasil, mais que em qualquer país, a seleção nacional de futebol representa a nação. E o hino cantado à capella por dezenas de milhares de brasileiros nos estádios, que para ele se tornou um ritual local, é o momento em que essa representação se concretiza.
“Um país vastamente desigual agora está fazendo o melhor que pode para se unir em torno de um time de jogadores de futebol expatriados e multimilionários”, escreveu Kuper.
Ele citou o fato de os paulistas se distanciarem da média nacional em uma pesquisa que ouviu a aprovação da Copa pela população –em São Paulo, só 41% era a favor, contra 51% da média brasileira.
Mas, no dia da abertura da Copa em Itaquera, São Paulo aderiu à maioria. “A multidão no estádio cantou o hino com tom desafiador, segundo me disse um empresário brasileiro. A mensagem deles: eles amavam o Brasil apesar do governo”, disse ele, em referência à ideia atribuída ao lateral Marcelo de continuar cantando o hino após o fim da versão da Fifa.
Para o jornalista, hoje, nos dias de jogos, os brasileiros das grandes cidades reúnem as famílias para um churrasco, e ver a Seleção é um ritual de união, para a família, para o bairro e para a nação. Segundo ele, porém, não é correto dizer que brasileiros amam o futebol. “Brasileiros amam ver o Brasil nas Copas do Mundo.”...
Segundo o jornalista Simon Kuper, que assina o texto, os dois mundiais sediados no país (1950 e o 2014) são completamente diferentes no quesito da inclusão.
“Na última Copa do Mundo na casa do Brasil em 1950, a derrota ‘legendária’ da Seleção na final contra o Uruguai provavelmente não foi nem notada pela maioria dos brasileiros analfabetos e da zona rural”, diz ele. Desse vez, porém, Kuper mencionou um e-mail que recebeu de um antropólogo brasileiro que atualmente trabalha em uma tribo indígena isolada na região do Xingu, dizendo que todos os moradores do local acompanharam o jogo de estreia do Brasil, contra a Croácia.
Segundo o jornalista, no Brasil, mais que em qualquer país, a seleção nacional de futebol representa a nação. E o hino cantado à capella por dezenas de milhares de brasileiros nos estádios, que para ele se tornou um ritual local, é o momento em que essa representação se concretiza.
“Um país vastamente desigual agora está fazendo o melhor que pode para se unir em torno de um time de jogadores de futebol expatriados e multimilionários”, escreveu Kuper.
Ele citou o fato de os paulistas se distanciarem da média nacional em uma pesquisa que ouviu a aprovação da Copa pela população –em São Paulo, só 41% era a favor, contra 51% da média brasileira.
Mas, no dia da abertura da Copa em Itaquera, São Paulo aderiu à maioria. “A multidão no estádio cantou o hino com tom desafiador, segundo me disse um empresário brasileiro. A mensagem deles: eles amavam o Brasil apesar do governo”, disse ele, em referência à ideia atribuída ao lateral Marcelo de continuar cantando o hino após o fim da versão da Fifa.
Para o jornalista, hoje, nos dias de jogos, os brasileiros das grandes cidades reúnem as famílias para um churrasco, e ver a Seleção é um ritual de união, para a família, para o bairro e para a nação. Segundo ele, porém, não é correto dizer que brasileiros amam o futebol. “Brasileiros amam ver o Brasil nas Copas do Mundo.”...
ME DESCULPE MAS O SENHOR FOI MUITO MAL INFORMADO....
Já os jogadores do time estão longe de ser o tipo médio do brasileiro. A estratégia de Marcelo, para ele, é foi só um truque para angariar os fãs. O jornalista diz ainda que as únicas pessoas excluídas do que chamou de “família nacional” são os governantes, um fato “que acontece em muitos países atualmente”, diz.
“A presidente Dilma Rousseff vai aos jogos mas mantém a cabeça baixa enquanto a multidão entoa canções ofensivas sobre ela.”
Já os jogadores do time estão longe de ser o tipo médio do brasileiro. A estratégia de Marcelo, para ele, é foi só um truque para angariar os fãs. O jornalista diz ainda que as únicas pessoas excluídas do que chamou de “família nacional” são os governantes, um fato “que acontece em muitos países atualmente”, diz.
“A presidente Dilma Rousseff vai aos jogos mas mantém a cabeça baixa enquanto a multidão entoa canções ofensivas sobre ela.”
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