Declaração dada em uma
entrevista à agência de notícias espanhola EFE, durante a divulgação de Yoko
Ono. Half-A-Wind Show, mostra retrospectiva de sua carreira. É atração do Museu
Guggenheim de Bilbao.
Ela disse que, antes do assassinato de seu marido,
admirava quem sofria. “Quando John morreu, vi que algo de ruim estava
nascendo em mim. Eu disse a mim mesma: em vez de ter sete desgraças, quero ter
as sete maravilhas. Isso mostra o quão poderosas são as palavras e que elas
influenciam a sua mente”, disse Ono.
Ela afirmou que Lennon
sempre acreditou muito em sua obra. “Foi um dos meus maiores parceiros nesse
sentido”.
Fez uma reflexão sobre sua obra durante a entrevista. Lembrou
que, nos anos 1960, não se preocupou em divulgar sua obra. “Pensava que ninguém
se interessaria. Estava concentrada na criação, em fazer uma obra criativa, que
tivesse importância para a humanidade através dos tempos”. Ela também
considerou que à época era “muito destemida, talvez até demais”.
A artista disse que sua
obra tinha uma forma revolucionária, lembrando a concepção de Ceiling Painting
(Pintura de Teto). A obra, exposta na mostra do Guggenheim, chamou a atenção de
Lennon. É uma escada que leva o observador até o teto, onde há uma lupa presa
com a inscrição “sim!”. “O que há de provocativo nisso? A arte era provocante”.
Yoko Ono. Half-A-Wind
Show fica no Guggenheim de Bilbao até 1 de setembro. Nesta quarta-feira (12),
ela fez uma “pré-estreia” da mostra, na qual fez performances para um teatro
lotado.

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