Papa Francisco recebeu o
presidente
dos Estados Unidos,
Barack Obama.
O Papa Francisco recebeu
esta quinta-feira (27), no Palácio Apostólico do Vaticano, o presidente dos
Estados Unidos, Barack Obama, no primeiro encontro privado entre os dois
líderes desde que Francisco foi eleito pontífice, há um ano.
«É maravilhoso
encontrá-lo», disse Obama, enquanto cumprimentava Francisco, de quem se
confessou «um grande admirador».
É a 1ª reunião
privada entre eles desde que Francisco foi eleito.
Após cerimônia da Guarda
Suíça, o presidente dos EUA e sua delegação foram levados a um salão com
afrescos onde o chefe de Estado americano e o Papa apertaram as mãos.
O Papa recebeu Obama de
pé, na entrada de sua biblioteca privada e com certa formalidade. O presidente
americano sorriu e pareceu emocionado ao encontrar Francisco. "Welcome,
mister president" (Seja bem-vindo, senhor presidente), disse o pontífice
em inglês, idioma que ele não costuma falar.
Dois tradutores (um
religioso e uma mulher com uma pequena manta) entraram para participar do
encontro, que aconteceu no escritório papal, com os dois líderes sentados um de
frente para o outro.
Obama foi recebido no
pátio de São Damásio, onde era esperado pelo prefeito da casa pontifícia, o
bispo Georg Gänswein, também secretário de Bento XVI (Papa emérito que
renunciou ao cargo em fevereiro de 2013).
Durante o encontro Obama
destacou a crescente diferença entre ricos e pobres, tema que já era esperado
na reunião – além de assuntos polêmicos como aborto e direitos dos
homossexuais. O presidente dos EUA elogiou
o Papa por sua ênfase em ajudar os pobres, e disse que o encontro poderia dar
um impulso a algumas das iniciativas americanas, como aumentar a classe média e
ajudar a população de baixa renda.
Em entrevista ao jornal
italiano "Il Corriere della Sera", Obama disse que a globalização e o
aumento do comércio levou centenas de milhões de pessoas a sair da pobreza nas
últimas décadas. O presidente dos EUA também falou que estava "muito agradecido"
pela disposição do Papa em recebê-lo no Vaticano.
"O Papa nos
desafia. Implora que recordemos das pessoas, das famílias, dos pobres. Nos
convida a parar e a refletir sobre a dignidade do homem", destacou Obama. "Venho
a Roma para ouvi-lo", completou o presidente americano, antes de ressaltar
que "o pensamento" do pontífice é "precioso para compreender
como podemos vencer o desafio de combater a pobreza extrema e a desigualdade na
distribuição de renda".
Obama declarou que quer
ouvir o que o Papa propõe "para limitar as desigualdades na distribuição
de renda".
"Ao nos colocar
contra a parede em relação à justiça social, ele nos mostra o risco que existe
de se acostumar com as desigualdades extremas a ponto de considerá-las
normais", acrescentou Obama durante a entrevista ao "Il Corriere
della Sera", feita quando estava em Bruxelas.
O chefe de Estado
americano também comentou sobre sua visita à Itália, onde deverá se encontrar
nesta quinta-feira com o presidente Giorgio Napolitano – de quem gosta muito –
e com o primeiro-ministro Matteo Renzi, há apenas um mês no cargo.
Obama disse que deseja
uma aceleração nas negociações para um acordo de livre-comércio entre os EUA e
a União Europeia, durante o semestre da presidência italiana do bloco. Para a
chegada de Obama, que ficará apenas 40 horas em Roma, a Cidade Eterna foi
"blindada".
Durante a tarde desta quinta-feira, o presidente
americano deve visitar o emblemático Coliseu, que estará fechado ao público.


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