quinta-feira, 27 de março de 2014

Papa Francisco recebeu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.






Papa Francisco recebeu o presidente
dos Estados Unidos, Barack Obama.


O Papa Francisco recebeu esta quinta-feira (27), no Palácio Apostólico do Vaticano, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no primeiro encontro privado entre os dois líderes desde que Francisco foi eleito pontífice, há um ano.
«É maravilhoso encontrá-lo», disse Obama, enquanto cumprimentava Francisco, de quem se confessou «um grande admirador».
É a 1ª reunião privada entre eles desde que Francisco foi eleito.
Após cerimônia da Guarda Suíça, o presidente dos EUA e sua delegação foram levados a um salão com afrescos onde o chefe de Estado americano e o Papa apertaram as mãos.
O Papa recebeu Obama de pé, na entrada de sua biblioteca privada e com certa formalidade. O presidente americano sorriu e pareceu emocionado ao encontrar Francisco. "Welcome, mister president" (Seja bem-vindo, senhor presidente), disse o pontífice em inglês, idioma que ele não costuma falar.


Dois tradutores (um religioso e uma mulher com uma pequena manta) entraram para participar do encontro, que aconteceu no escritório papal, com os dois líderes sentados um de frente para o outro.
Obama foi recebido no pátio de São Damásio, onde era esperado pelo prefeito da casa pontifícia, o bispo Georg Gänswein, também secretário de Bento XVI (Papa emérito que renunciou ao cargo em fevereiro de 2013).
Durante o encontro Obama destacou a crescente diferença entre ricos e pobres, tema que já era esperado na reunião – além de assuntos polêmicos como aborto e direitos dos homossexuais. O presidente dos EUA elogiou o Papa por sua ênfase em ajudar os pobres, e disse que o encontro poderia dar um impulso a algumas das iniciativas americanas, como aumentar a classe média e ajudar a população de baixa renda.
Em entrevista ao jornal italiano "Il Corriere della Sera", Obama disse que a globalização e o aumento do comércio levou centenas de milhões de pessoas a sair da pobreza nas últimas décadas. O presidente dos EUA também falou que estava "muito agradecido" pela disposição do Papa em recebê-lo no Vaticano.
"O Papa nos desafia. Implora que recordemos das pessoas, das famílias, dos pobres. Nos convida a parar e a refletir sobre a dignidade do homem", destacou Obama. "Venho a Roma para ouvi-lo", completou o presidente americano, antes de ressaltar que "o pensamento" do pontífice é "precioso para compreender como podemos vencer o desafio de combater a pobreza extrema e a desigualdade na distribuição de renda".


Obama declarou que quer ouvir o que o Papa propõe "para limitar as desigualdades na distribuição de renda".
"Ao nos colocar contra a parede em relação à justiça social, ele nos mostra o risco que existe de se acostumar com as desigualdades extremas a ponto de considerá-las normais", acrescentou Obama durante a entrevista ao "Il Corriere della Sera", feita quando estava em Bruxelas.
O chefe de Estado americano também comentou sobre sua visita à Itália, onde deverá se encontrar nesta quinta-feira com o presidente Giorgio Napolitano – de quem gosta muito – e com o primeiro-ministro Matteo Renzi, há apenas um mês no cargo.
Obama disse que deseja uma aceleração nas negociações para um acordo de livre-comércio entre os EUA e a União Europeia, durante o semestre da presidência italiana do bloco. Para a chegada de Obama, que ficará apenas 40 horas em Roma, a Cidade Eterna foi "blindada". 
Durante a tarde desta quinta-feira, o presidente americano deve visitar o emblemático Coliseu, que estará fechado ao público.



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