Sete dos dez museus mantidos pelo
governo de São Paulo mais visitados na capital não desenvolvem ações de
acessibilidade além das adaptações na estrutura física. Apenas a Pinacoteca, o
Museu do Futebol e o Museu da Casa Brasileira possuem um conjunto de materiais
complementares para auxiliar pessoas com deficiências mentais, visuais,
auditivas e físicas na compreensão das obras de arte exibidas. Deficientes
auditivos só encontram videoguia explicativo na Pinacoteca. É possível ter
visitas guiadas por um educador habilitado na língua brasileira de sinais
(LIBRAS) em sete dos dez museus. O portador de deficiência auditiva deve fazer
agendamento prévio da visita. O acompanhamento só não é oferecido no Catavento
Cultural, na Casa das Rosas e no Museu da Casa Brasileira.
Piso tátil e audioguias para auxiliar
pessoas com deficiência visual só são encontrados na Pinacoteca e no Museu do
Futebol. Nesses dois espaços culturais e no Museu da Casa Brasileira oferecem
conteúdos em Braille.
No Museu Afro Brasil, os visitantes
podem manipular esculturas e máscaras africanas, instrumentos musicais,
maquetes tridimensionais com legendas em tinta e Braille, reproduções de obras
de arte e jogos educativos.
No Museu da Casa Brasileira, os
portadores de deficiência visual recebem luvas plásticas para tocar nos móveis
originais em exposição. "É fundamental desenvolver metodologias de acesso
ao conteúdo em exposição e não apenas ao espaço", disse Thelma Lobel,
coordenadora do Núcleo Educativo do MCB.
Todos os museus visitados pela
reportagem possuem rampas e elevadores de acesso, além de banheiros adaptados
para cadeirantes. Algumas seções do Catavento Cultural só podem ser acessadas
através de escadas.
Na entrada da Casa das Rosas, há um
lance de cinco degraus, sem rampa contígua.
O Museu Afro Brasil não dispõe de
elevador em suas instalações, mas é possível locomover-se apenas pelas rampas.
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