O que o brasileiro sabe sobre o tema???? Ou só vai ao shopping ver as últimas, quem está lá, o que estão fazendo, comprando ou não, vai por aí???? Espero que não. O mundo mudou. Quem sabe das coisas segue em frente, os demais, bate palmas!!!!
Você: pertence a que grupo???
A chance de nova recessão ainda é maior do que 40%. Há risco de deflação. As perspectivas para a economia norte-americana continuam sombrias na visão do economista Nouriel Roubini. Ou seja, taxa de desemprego elevada nos próximos anos, mercado imobiliário em recessão, consumo fraco, crescimento anêmico ou recessão. O pior, segundo Roubini, é que: "A munição do governo e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para lutar contra outro mergulho recessivo ou desaceleração da economia está escassa. Temo que estejamos ficando sem balas de políticas (fiscal e monetária) na agulha para usar". Roubine surpreendeu com as afirmações na quinta-feira à noite, durante jantar para seleto grupo de economistas e investidores em Nova York.
O risco de deflação também é uma carta sobre a mesa não só para os Estados Unidos como também para outras economias avançadas. "Mas não digo que um duplo mergulho é inevitável", disse. Risco de recessão é grande também no Japão. A resposta do Fed diante dos riscos deflacionários e da fragilidade da economia deverá ser de mais afrouxamento monetário, com maior liberação de recursos. "Tenho certeza que o Fed irá promover mais afrouxamento quantitativo (o equivalente a liberação de dinheiro na economia) no caso das perspectivas apontarem mais para piora. Mas há duvidas sobre a eficácia desse tipo de afrouxamento", afirmou.
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Roubine. |
Hoje, os bancos nos EUA "estão sentados em cima de US$ 3 trilhões em reservas e não estão emprestando esse dinheiro" por problemas de solvência no sistema financeiro e não de liquidez ou falta de demanda. "O setor privado ainda está muito endividado. Mal começamos a desalavancagem, há muito a ser feito. E nos dois últimos anos tivemos alavancagem maciça do setor público. Em algum momento o setor público terá de começar a se desalavancar, e isso vai levar a mais desaceleração da economia."
Segundo o economista Roubini, a média da dívida pública nas economias avançadas deve passar de cerca de 70% do PIB antes da crise para perto de 120% do PIB até 2015. Roubini diz que sua "melhor estimativa" para o PIB norte-americano do segundo semestre é de crescimento de 0,9%. No ano, ele fala em 2,5%. Para 2011, a estimativa de Roubini é de cerca de 1%. "Por enquanto o cenário aponta para um crescimento de 1%, que não é duplo mergulho, ainda é um número positivo, mas é fraco", disse. Os mercado se animaram nas últimas semanas com alguns indicadores. "Os mercados melhoraram porque alguns indicadores vieram melhores do que o esperado. Mas isso foi porque as expectativas eram muito baixas e ficava fácil batê-las. O mercado de trabalho continua extremamente fraco. É preciso criar pelo menos 150 mil vagas pelo menos para estabilizar a taxa de desemprego e criar 450 mil vagas todo mês pelos próximos três anos para trazer a taxa de desemprego para onde estava antes da crise."
A zona do euro não terá novo mergulho recessivo, simplesmente porque já está em recessão. "O PIB está contraindo na Espanha, Grécia e Irlanda, enquanto dois outros países, Portugal e Itália, mal estão conseguindo crescer. O que temos é uma continuação da primeira recessão da qual esses países não conseguiram sair." As economias globais vão crescer em diversas velocidades diferentes, com as economias avançadas mais anêmicas, abaixo do potencial, numa recuperação mais em forma de "U". "Nos mercados emergentes será mais como retomada em forma de "V".
Nouriel Roubini considera que o dólar, iene e franco suíço são melhores investimentos que o ouro caso a economia mundial volte de novo a terrenos de recessão. O professor da Universidade de Nova Iorque, em entrevista à Bloomberg TV, afirmou que “se existisse uma recessão em W, a aumentar a aversão ao risco, alguns recursos irão ser preferidos, o ouro será um deles. Mas nessa situação, o dólar, o iene e o franco suíço são mais vantajosos na situação de uma crescente aversão ao risco porque têm muito maior liquidez que o mercado do ouro”.
O preço do ouro já chegou a subir 14% este ano, o franco suíço alcançou o recorde face ao euro a 31 de Agosto e o iene alcançou no mês passado o seu nível mais elevado face ao dólar desde 1995. Roubini manifestou-se ainda sobre o futuro da economia norte-americana, que acredita que irá abrandar no segundo semestre deste ano. “A criação de emprego vai ser muito, muito medíocre. Irá parecer uma recessão, mesmo que não estejamos numa”, afirmou o professor numa entrevista em Itália.
''O Brasil está certo em conter a alta do real'' .... A compra de dólares do Banco Central para o Fundo Soberano do Brasil (FSB) foi vista como algo inevitável pelo economista Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova York e cofundador do site Roubini Global Economics. "Talvez o real esteja forte demais, sobrevalorizado, e isso afeta a competitividade das exportações", afirmou à Agência Estado após jantar com economistas e analistas de mercado em Nova York. Segundo ele, não importa se a compra de dólares é feita de maneira direta ou não: "É tudo a mesma coisa. O BC está tentando conter maior apreciação (do real) para evitar excesso de liquidez para não ferir a economia. É algo que tinha que ser feito."
Super otimista com o Brasil, em meio a tantas projeções nebulosas para a economia dos Estados Unidos, Europa e Japão, Roubini salientou, respondendo à uma pergunta da Agência Estado, que o "Brasil é uma das histórias de sucesso entre os emergentes" e está otimista, mesmo tendo ponderado que com uma maior desaceleração global, o crescimento do País deve ser "levemente menor" dos que os 7,5% estimados para este ano. "Estou bem otimista em relação ao Brasil. É preciso dar crédito ao Lula , que fez a coisa certa", afirmou, citando os avanços no cenário macroeconômico, a autonomia do Banco Central no controle da inflação e o superávit primário como conquistas dos últimos anos.
Roubini observou que o Brasil precisa avançar em reformas, como a tributária e a trabalhista. "O cenário macroeconômico pode estar sólido, mas é preciso avanços na direção de reformas estruturais. Não temos visto praticamente nada nesse sentido. A questão será saber se com o novo presidente do Brasil, que deve ser Dilma Rousseff, essas reformas serão postergadas ou não. Acho que isso é o fator chave para manter alto o crescimento do PIB. E é claro que será preciso ter cautela no lado fiscal, para não ser muito expansionista nos gastos", concluiu.
Para Roubini, a zona do euro não terá duplo mergulho na recessão pelo fato de continuar em recessão: "O PIB está contraindo na Espanha, Grécia e Irlanda, enquanto dois outros países, Portugal e Itália, mal estão conseguindo crescer. Então, o que temos é uma continuação da primeira recessão da qual esses países não conseguiram sair."
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