Eu, como a maioria dos
turistas que desejam regressar a Roma, fazemos o mesmo num dos monumentos mais
famosos da capital italiana projetada no começo do século 18 pelo arquiteto
Nicola Salvini sendo concluída em 1762 pelo italiano Giuseppe Pannini..... e
voltei várias vezes...
E as moedas atiradas na
fonte com formato de concha e suas esculturas feitas em mármore exaltando um
tema marítimo????... Para onde vão????... Em 2016 recolheram um milhão e meio
de euros que foram usados em projetos beneficentes.
Por detrás da tradição
das moedas da FONTANA DI TREVI, existe um convênio entre a prefeitura de Roma e
a Caritas, organização social da Igreja Católica, pela qual todo o dinheiro
arrecadado na fonte, cerca de 1 milhão de euros por ano, é doado a iniciativas
beneficentes para doentes, pobres e sem-teto. Se você não teve a chance de ver,
todos os dias, voluntários da ONG vão à fonte às 8h na manhã (horário local) para
recolher as moedas. Algumas casas de câmbio na cidade, trocam todos os tipos de
dinheiro, reais, dólares, rublos, ienes, e outros por euros e, as moedas, por
cédulas.
O destino das moedas
pode mudar entre o convênio entre a Prefeitura e a entidade pode terminar..... as
negociações estão paradas. Burocracia do governo....
A fonte situava-se no cruzamento de três
estradas (tre vie), marcando o ponto final do ACQUA VERGINE, um dos mais
antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma. No ano 19 a.C.,
supostamente ajudados por uma virgem, técnicos romanos localizaram uma fonte de
água pura a pouco mais de 22 quilômetros da cidade (cena representada em
escultura na própria fonte, atualmente). A água desta fonte foi levada pelo
menor aqueduto de Roma, diretamente para os banheiros de MARCO VIPSÂNIO AGRIPA e
serviu a cidade por mais de 400 anos. Os GODOS invadiram Roma e destruíram os
aquedutos. Os ROMANOS DA IDADE MÉDIA tinham de abastecer-se da água de poços
poluídos, e da pouco límpida água do rio Tigre, que também recebia os esgotos
da cidade. Então, o antigo costume romano de erguer uma bela fonte ao final de
um aqueduto que conduzia a água para a cidade foi reavivado no século XV,
com o Renascimento. Em 1453, o papa NICOLAU II, determinou que fosse consertado
o aqueduto de ACQUA VERGINE, construindo para receber a água, num projeto
feito pelo arquiteto humanista LEON BATTISTA ALBERTI.
Em 1629, o papa URBANO
VIII achou a velha fonte insuficientemente dramática e encomendou a BERNINI alguns
desenhos. O papa faleceu e o projeto foi abandonado. Bernini reposicionou a
fonte para o outro lado da praça a fim de que ficasse defronte ao PALÁCIO DO
QUIRINAL para o papa vê-la de sua janela).
Competições entre
artistas e arquitetos aconteceram no RENASCIMENTO e no BARROCO para redesenhar
os edifícios, as fontes, e a SCALINATA DI PIAZZA DI SPAGNA. Em 1730, o papa
CLEMENTE XII organizou nova competição e NICOLA SALVI realizou seu projeto
que começou em 1732 e foi concluído em 1762. Salvi morreu com seu trabalho pela
metade, e a fonte foi concluída por GIUSEPPE PANNINI, substituindo as alegorias
pelas belas esculturas de NETUNO e seu séquito. Fonte restaurada em 1998, passando
por reforma em 2014 e 2015.
Restauração primeira de
uma série de restaurações financiadas por "FENDI FOR FOUNTAINS", que
visa a conservação e valorização de algumas fontes históricas de Roma, reabrindo
em 3 de novembro de 2015 com um sistema moderno que permite que a água possa
escorrer sem danificar o mármore da escultura. O sistema de iluminação
artística também foi revisto e melhorado. CLAUDIO PARISI PRESICCE,
superintendente romano, e o presidente da casa de moda Fendi, PIETRO BECCARI,
que financiou o projeto com um donativo de 2,2 milhões de euros, inauguraram a
fonte com o gesto tradicional: atirar uma moeda à água enquanto se formula um
desejo.
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