segunda-feira, 6 de março de 2017

Jornalista Baby Garroux: verdade dos bastidores do mundo fashion... "sádico e cruel"....




Polêmica de maus-tratos de modelos na Semana de Moda de Paris: dezenas de mulheres, em seleção da marca francesa Balenciaga, trancadas pelo menos 150 mulheres nas escadas, no escuro, enquanto a diretora de casting saía para comer....

A polêmica revelou o quanto é vulnerável o processo de casting, mesmo com modelos consideradas "top" tratadas "como gado" em castings para a elite das passarelas de Paris, Nova York e Milão.

Maida Gregori Boina, figuraça nos bastidores da Semana de Moda de Paris, negou as acusações contra ela e seu sócio Rami Fernandes de que tenha apagado as luzes no local onde as modelos estavam, culpando um corte de energia no domingo à noite na sede da Balenciaga, em Paris. Descreveu as alegações como "imprecisas e caluniosas". O casal foi demitido da Balenciaga horas depois do post no Instagram feito pelo concorrente americano, o diretor de casting James Scully, denunciando-os como "abusadores em série" e dizendo que o tratamento dado às modelos foi "sádico e cruel".

Mida escreveu e-mail para o site "Business of Fashion": “Nós comemos nosso almoço no próprio prédio e nós não trancamos as modelos nas escadas e apagamos as luzes. Isso seria completamente desumano", frisou. Acusou Scully de "falsificar os fatos para ganhos pessoais na carreira". Scully respondeu, ampliando as acusações contra Maida e Rami, e insistiu em que o incidente do último domingo na Balenciaga é apenas a ponta do iceberg em uma indústria de modelagem cheia de abuso.

Por outro lado, várias modelos disseram que foram forçadas a esperar em uma escada quente com pouca ventilação, por entre duas e três horas e meia, sem acesso a um banheiro. Elas também contaram que a porta foi fechada, e as luzes, apagadas. Uma das marcas mais influentes nas passarelas do momento, a Balenciaga divulgou que está fazendo "mudanças radicais no processo de casting" após esse incidente. "A Balenciaga condena o incidente e vai continuar profundamente comprometida para assegurar as condições de trabalho mais respeitosas para as modelos", acrescenta o comunicado.

Existe um código de silêncio que permeia a indústria da moda, e muitas modelos famosas usam as redes sociais para condenar a forma como suas colegas são tratadas nos castings.

O Sindicato Nacional de Agências de Modelos (Synam) da França disse que foi alertado durante anos sobre a "deterioração da situação". "As coisas têm de mudar. Às vezes, deixamos as coisas irem longe demais antes de abrir nossos olhos para o que está acontecendo", disse a presidente da instituição, Isabelle Saint-Felix.


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