domingo, 16 de outubro de 2016

Jornalista Baby Garroux: "Kubo e As Cordas Mágicas" estreia na direção do lindo Travis Knight herdeiro da Nike.




"Kubo e As Cordas Mágicas" primeira obra-prima em animação da temporada, segundo a revista norte-americana "Rolling Stone". Tanto a qualidade da animação em 3D quanto o roteiro, transportando para a tela as aventuras mágicas do menino japonês Kubo, em um mergulho originalíssimo no folclore nipônico.

As cordas mágicas são o instrumento que Kubo usa para contar narrativas ilustradas com figuras de origami dotadas de vida própria, em um dos efeitos mais bonitos da animação. Atenuam a dor e a melancolia do protagonista e sua mãe, por motivos fantásticos que dão razão de ser ao filme.

O longa-metragem de Knight, 43, também diretor da Nike, sediada em Portland, uma das marcas mais conhecidas do planeta, e criada por Phil Knight, 78, pai de Travis, depois de uma viagem ao Japão, quando estudou modelos diferentes de se produzir e vender calçados em larga escala.

Travis atravessou o Pacífico com o pai e mergulhou na cultura nipônica aos 8 anos de idade. "O filme é, essencialmente, uma carta de amor ao Japão".

De Travis Knight: “Chegamos à conclusão que nunca havíamos feito animação de fantasia pura, com muita aventura. É o gênero que eu mais amo. Mamãe conta que, quando estava grávida de mim, leu "O Senhor dos Anéis" completo. A história do "Kubo", com samurais e elementos do folclore japonês, me tocou especialmente.”



A minha visão de criança, maravilhada com o Japão, está impressa neste meu primeiro filme. O Japão era tão diferente de tudo o que eu havia visto e ainda me lembro do meu choque com as formas, a arte, a arquitetura, a música, a culinária, o vestuário e o que eu levei para ir degustando aos poucos depois: os vídeos, os filmes, os mangás. Foi a primeira grande revelação estética que tive na vida.”

A admiração e o respeito pela cultura japonesa que meu pai teve foi tão central para ele criar a Nike. É como se, com "Kubo", eu tivesse fechado um círculo.




A influência no filme veio dos mestres da animação japonesa, da arte, da arquitetura, da música, do mangá, do folclore e do cinema. O aspecto mais épico do filme é meu tributo a Akira Kurosawa (1910-1998)..”

A Nike é uma corporação multinacional, um ícone global. A Laika é um estúdio de animação pequenino, mas marrento (risos). Vejo como uma fonte de inspiração e desejo de não se acomodar, de fazer sempre algo diferente. Não apenas melhor, mas de fato diferente do que já fizemos antes. O mote, nos dois casos, é olhar para frente.”



Me inspirei na animação japonesa, em George Lucas e nas "Guerra nas Estrelas" originais, em Spielberg e "E.T., o Extraterrestre", David Lean e Akira Kurosawa. E, esta aí a salada de frutas que deu em "Kubo".


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