Feito inédito para o Brasil na
modalidade, durante a após o resultado quando perguntado sobre seu início no
esporte, Isaquias lamentou a descontinuidade do projeto "Segundo
Tempo", do Ministério do Esporte, em Ubaitaba (BA), cidade natal do
canoísta.
Através do núcleo do projeto em
Ubaitaba que Isaquias descobriu a canoagem em 2005, quando tinha apenas 11 anos.
O projeto acabou pouco depois, o que fez Isaquias trocar sua cidade por Rio de
Janeiro e São Paulo para continuar treinando em alto nível.
— Essa medalha tem um significado
especial por ter vindo de um projeto social, mas me dá tristeza ver que isso
acabou no Brasil. Se vocês tiverem como tirar fotos dessa medalha, mostrem aos
nossos políticos no Planalto para que eles parem de brigar entre si e continuem
a buscar novos atletas. Os EUA são uma potência no esporte porque lá existe
incentivo do governo — declarou Isaquias, lembrando que outros medalhistas
tiveram projetos sociais como origem.
— Tomara que o meu resultado e o da
Rafaela (Silva, do judô), que viemos de setores não muito favorecidos da
sociedade, possa abrir os olhos do governo para a importância desses projetos —
completou o canoísta, referindo-se à medalhista de ouro no judô, descoberta no
Instituto Reação, projeto do ex-judoca Flavio Canto.
Isaquias se mostrou surpreso com o
assédio da imprensa e de torcedores após a medalha. Resposta com sorriso e palavrão.
— Foi muito f... essa parte da imprensa
(risos), eu nunca tinha visto isso. Nunca tive esse negócio da imprensa estar
em cima, e da torcida também. É a primeira vez que vejo muita gente vir
assistir à canoagem aqui no Brasil. Geralmente isso acontece muito lá fora,
principalmente na Alemanha e na Hungria, não aqui — observou.
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