segunda-feira, 4 de abril de 2016

Jornalista Baby Garroux: A túnica que teria sido usada por Jesus Cristo antes de ser crucificado, sendo exibida na basílica Saint-Denys de Argenteuil, nos arredores de Paris...





Peça de roupa considerada pela Igreja Católica uma das maiores relíquias do cristianismo. Como outras relíquias do cristianismo, a Santa Túnica tem sua autenticidade contestada. Segundo a Igreja, que se baseia em estudos científicos, a túnica pertencente à basílica de Argenteuil é a que foi usada por Jesus antes de ser crucificado.

A ‘Santa Túnica’ vestimenta que teria sido usada por Cristo no caminho para a cruz, pertence a França há 1,2 mil anos e foi recentemente restaurada, atraindo milhares de visitantes. A imperatriz Irene de Constantinopla (atual Istambul, na Turquia) teria oferecido, no início do século 9, a peça de presente ao rei francês Carlos Magno, que a doou ao clero de Argenteuil.

A Santa Túnica só é exibida ao público (cerimônia conhecida como "ostentação") a cada 50 anos. Foi mostrada em 1984, e a próxima vez seria apenas em 2034. Em razão do recente restauro da peça e das comemorações dos 150 anos da basílica de Argenteuil, a Igreja decidiu antecipar o evento. Ela é conservada enrolada como um relicário e um pequeno pedaço de tecido pode ser visto através de um vidro.



A restauradora Claire Beugnot, já restaurou várias peças de tecidos para o museu do Louvre. Desde o século 19, inúmeros pesquisadores científicos analisaram a vestimenta. Foi demonstrado que o material (lã de carneiro), o método de coloração e o processo de tecelagem correspondem às práticas utilizadas na Palestina e na Síria no início da era cristã. Análises permitiram identificar a presença de sangue nas costas e nos ombros da túnica, nos locais onde Jesus teria apoiado a cruz para carregá-la. O sangue encontrado na vestimenta é do tipo AB, o mesmo presente no sudário de Oviedo e no lençol de Turim.

A túnica - segundo eclesiásticos de Argenteuil -, foi escondida em uma parede do monastério da cidade para protegê-la da invasão dos vikings e foi descoberta durante obras na Idade Média no local. Na Revolução Francesa, a roupa foi cortada em vários pedaços por um padre e enterrada, na tentativa de evitar sua destruição total.


A Santa Túnica ficará exposta até 10 de abril. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário