O que eu conheci e convivi, é bem diferente. Na época, jornalista/editora nos Diários Associados era bem outra pessoa no dia-a-dia. Francisco de Assis Chateaubriand paraibano, semi-analfabeto até os 12 anos, foi batizado com esse nome porque sua mãe era devota do santo e seu pai, fã do poeta francês Chateaubriand.
Um dos homens mais poderosos do século 20 no Brasil, jornalista, empresário, político e mecenas fundador do MASP. “Porque esperar tanta gente te lendo? Poucos entendem ou sabem de alguma coisa que interesse. Faça a sua parte e tem gente pra tudo e todos. Algumas te seguirão vida eterna e outros passam como borboletas...”... Ouvi isso em uma de nossas conversas. Eu era tão jovem e ficava rabiscando as suas falas quando tinha chance. E fiquei nos Diários até fechar suas portas.
O livro escrito por Fernando Moraes, filme dirigido pelo ator Guilherme Fontes, que demorou 20 anos para concluir o filme com muitos problemas financeiros, se é fiel ou não, poucos do mundo atual, com tanta roubalheira na Republica, vão saber. Filme bem feito tentando colocar apenas algumas partes do gigantesco universo do magnata da comunicação.
O Chatô vem na pele de Marco Ricca, fim da carreira, agonizando por sequelas de derrame, mas as ousadias do empresário e jornalista estão ali em alguns tópicos. Imagino o velho patrão nos dias de hoje com os escândalos da República. Ele bailaria entre um e outro degrau facilmente.
Andréa Beltrão como sempre a poderosa amante de Chatô é atriz e como sempre dá o recado. Paulo Betti, como um hilário Getúlio, força o sotaque mas o filme todo é assim messsss.
Vale assistir.....
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