sábado, 19 de janeiro de 2013

"DJANGO LIVRE" ESTREIA HOJE NO BRASIL: terrível....





Primeira parceria do DiCaprio com Quentin Tarantino. DiCaprio interpreta Calvin Candie, um fazendeiro dono de escravos no Sul dos Estados Unidos que se diverte vendo dois negros lutando violentamente até a morte enquanto bebe seu coquetel. "Candie é a decadência moral do Sul dos Estados Unidos", exalta o ator em sua única entrevista ao Brasil. "Ele representa tudo que havia de errado naquela região no período da escravidão. Nunca fiz um personagem tão terrível, racista e narcisista. Foi repugnante interpretá-lo."
DiCaprio, vilão do filme de Tarantino é moralmente desafiador para um ator que o próprio Tarantino admite que "o odeia". "Quando li o roteiro, eu pensei: 'Meu Deus, o que está acontecendo?' Falei para Quentin que havia coisas ali que eu não poderia aceitar. Ele mudou um pouco, mas explicou que não poderíamos mostrar aqueles horrores de outra maneira, senão estaríamos suavizando o que aconteceu", conta o ator. 
O astro sabia onde estava se metendo. A polêmica levantada por Spike Lee sobre o uso exagerado da palavra "nigger", ofensiva à comunidade afro-americana, era esperada. "Não fiquei surpreso. Mas nada no filme é pior do que os eventos reais. Se você assistir a qualquer documentário sobre o período de escravidão nos Estados Unidos, verá que 'Django Livre' só mostra a ponta do iceberg", afirma.
"Há poucos filmes com vontade de correr riscos e esse é um deles. O longa quebra barreiras. A escravidão é um período sombrio da história. Mas integrar o tema de forma crua e repugnante a um faroeste espaguete? É revolucionário."
Ele chegou ao set de "Django Livre", em Nova Orleans, meio desconfiado. Precisaria humilhar Django (Jamie Foxx), o caubói em busca de vingança, e Stephen (Samuel L. Jackson), o escravo caseiro. "Foi difícil entrar em um grupo de atores que respeito e tratá-los daquela maneira", confessa. "Mas Samuel mostrou que eu precisaria ultrapassar limites e abraçar a maldade do personagem. Ele fez o papel mais difícil e chama Stephen de 'o negro mais odioso do cinema'", revela DiCaprio, que foi esquecido pelo Oscar. 
"Reconhecimento é bom. Mas os prêmios não podem guiar ninguém na carreira, aprendi isso anos atrás."

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