ABU SIMBEL está
a 280 km .
ao sul de Assuão. Localizada na margem oeste do rio Nilo. O rei Ramsés II
(1290-1223 a .C
aprox.) escolheu esse sítio privilegiado para construir dois templos
fascinantes escavados inteiramente na rocha do monte. Ramsés II é um dos mais
celebres soberanos da História Antiga do Egito. È considerado, sem dúvida, o
primeiro construtor do Egito, pois grande parte dos monumentos conservados de
hoje data do seu reinado. Os dois templos foram afetados pelas águas do Lago
Nasser, por isso em 1964 as obras de salvação iniciaram-se, graças aos esforços
do UNESCO os dois templos foram transferidos a um local mais seguro com 65 m . de altura. Enfim e
depois de grande trabalho e técnica muita avançada e a custos que atingem 40
milhões de dolares americanos. Os dois templos foram demontados, e outra vez
foram remontados num lugar mais alto, e afinal foram inaugurados em 22 de
Setembro de 1968. O primeiro templo dedicado a Rá-hor-Akhty, Amón, Petah e ao
próprio rei divinizado Ramsés II. O segundo templo, e o menor em termos de
tamanho, foi dedicado à deusa Hathor, e à esposa favorita de Ramsés II, a
rainha Nefertari.
Este belo templo escavado inteiramente nas rochas foi construído Por Ramsés II. Tem uma fachada de
O deus Rá-Hor-Akhty era um dos mais antigos e importantes deuses
do Antigo Egito, pois foi considerado uma forma do deus Rá, o deus do sol. No
topo da fachada encontra-se uma fila de babuínos que simbolizam ao culto do
sol. Antes de passar pela entrada chega-se a um terraço retangular, no lado
meridional existe a estela famosa que narra a história do casamento do rei
Ramsés II com a filha do rei dos Hititas. A terraça conduz a um vestíbulo longo
cujo fundo, aos dois lados, está decorado de cenas que ilustram o rei fazendo
oferendas diante de Amón-Rá, Mut, e Rá-hor-akhty. Passando por uma entrada decorada
dos cartuchos de Ramsés II chega-se a uma Sala com pilares (Hipóstila) que tem
quase 17 m .
de comprimento e 16 m .
de largura. Os 8 pilares dessa sala estão adornados com a figura do rei (com
braços cruzados ao peito). A maioria dos relevos entalhados nos pilares é religioso
ilustrando o rei ora rezando diante das diversas divindades, ora fazendo
oferendas. Na parede oriental encontra-se uma cena que representa Ramsés
segundo subjugando os inimigos Asiáticos, enquanto ao lado oposto está há uma
cena similar que ilustra o rei subjugando os inimigos núbios. O tecto da nave
central da sala hipóstila está decorado de buitres com asas abertas, enquanto o
teto das naves laterais está decorado de estrelas. Ao lado esquerdo (no fundo)
encontram-se dois quartos ornamentados com relevos pintados, e ao lado direito
se encontram 4 quartos
decorados de relevos coloridos e impressionantes, provavelmente eram usados
como depósitos em que guardavam os utensílios e tesouros do templo. Em geral,
As paredes desses quartos estão recobertas de várias cenas religiosas, a
maioria delas ilustra o rei fazendo oferendas diante das divindades diferentes.
Voltando à primeira Sala Hipóstila chega-se a outra sala pequena de 4 pilares.
Lá, encontram-se duas esfinges que guardam a entrada que conduz a está sala
pequena. Outra vez aparecem as cenas religiosas e das oferendas. Ao passar pela
pequena sala chega-se a um vestíbulo cujas paredes estão entalhados com relevos
mostrando cenas de oferendas. Este último vestíbulo conduz ao santuário no
centro e a duas capelas laterais sem decorações. O Santuário é um quarto
pequeno com um altar no centro e inclui quatro estátuas que representam os
quatro deuses principais do templo ( da direita à esquerda) Rá-hor-akhty, o rei
Ramsés II (divinizado), Amón, e Petah. É curioso mencionar que o sítio deste
templo foi escolhido perfeitamente com grande precisão para permitir a entrada
dos raios do sol ao santuário duas vezes por ano, a primeira em 22 Fevereiro e
a segunda em 22 Outubro.
TEMPLO DE ABU SIMBEL
Um dia todo dedicado a visitar
o Templo construído a mando do faraó Ramsés II, no século XIII a.C. Abu
Simbel é um complexo arqueológico egípcio que se situava próximo ao lago
Nasser. Com os riscos de inundação dos templos, nos anos 1960 a UNESCO deslocou os
monumentos, fazendo com que as bases da montanha do local fossem cortadas e
transportadas para o cume, evitando o alagamento das obras. Quando Ramsés II
ordenou a construção de Abu Simbel, queria deixar claro às demais sociedades
antigas a superioridade do Egito e ofuscar os conflitos gerados após a
imposição do antecessor faraó Akhenaton de cultuar apenas o deus Aton – dando
origem ao monoteísmo. Ramsés II queria dedicar os dois templos construídos no
complexo a si mesmo e a sua esposa favorita, Nefertari. No maior dos templos,
há uma fachada de 33 m
de altura por 38m de largura, com quatro estátuas de vinte metros cada que
representam a figura do faraó.
Há 320 km de Assuã,
na remota região da Núbia e em plena fronteira com o Sudão
está a mais caprichosa construção de todo o país, datado do século
XIII a.C. São dois templos cuidadosamente escavados na rocha, um
dedicado à si próprio, em
que Ramsés considerou-se como um deus e o outro dedicado a
sua esposa preferida, a rainha Nefertari.
A construção do templo
foi um desafio para os arquitetos da época, que além da difícil construção e
dos riquíssimos detalhes, o templo contava com um fator inovador e
intrigante: dois dias no ano, em 21 de março e em 21 de setembro, as 5
horas e 58 minutos da tarde, um raio de sol atravessava os 65 metros que separavam o
santuário no fundo do templo da porta principal e inundava de luz o coração do
deus Amon-Rá (deus do sol), sem jamais tocar a deusa Ptah, a deusa da
obscuridade.
Ainda mais desafiador foi para
os arqueólogos atuais, que fizeram o transporte do templo para um lugar mais
alto após a construção da barragem de Assuã e da consequente formação do Lago
Nasser, que inundaria todas as imediações.
O DESAFIO QUE PASSAMOS
PARA CHEGAR ATÉ O TEMPLO
A região, inóspita e
insegura, obriga os passeios até Abu Simbel feitos por terra através de comboio
ou por avião, ambos saindo de Assuã. Os comboios saem em dois horários: as 4 e
às 10 da manhã e são escoltados por policiais. A viagem dura 3 1/2 horas cada
trecho e oferece paisagens interessantes do deserto local, inclusive, as tão
enigmáticas miragens. Dizem que os Beduínos super armados até os dentes podem
se manifestar e por isso seguimos caminho com muitos policiais. Eles não
surgiram mas pudemos passar horas vendo o grande deserto. O Templo é enorme, e
na volta da caminhada, um bom café ou sorvete, ou suco o que for, em um espaço
super simpático nos espera.
De avião a viagem dura
pouco menos de 1 hora. Gasta menos tempo no trajeto, mas não tem
acesso às miragens do deserto.
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