sexta-feira, 27 de julho de 2012

DESAFIO E ESPANTO COM A BELEZA DE ABU SIMBEL....




ABU SIMBEL está a 280 km. ao sul de Assuão. Localizada na margem oeste do rio Nilo. O rei Ramsés II (1290-1223 a.C aprox.) escolheu esse sítio privilegiado para construir dois templos fascinantes escavados inteiramente na rocha do monte. Ramsés II é um dos mais celebres soberanos da História Antiga do Egito. È considerado, sem dúvida, o primeiro construtor do Egito, pois grande parte dos monumentos conservados de hoje data do seu reinado. Os dois templos foram afetados pelas águas do Lago Nasser, por isso em 1964 as obras de salvação iniciaram-se, graças aos esforços do UNESCO os dois templos foram transferidos a um local mais seguro com 65 m. de altura. Enfim e depois de grande trabalho e técnica muita avançada e a custos que atingem 40 milhões de dolares americanos. Os dois templos foram demontados, e outra vez foram remontados num lugar mais alto, e afinal foram inaugurados em 22 de Setembro de 1968. O primeiro templo dedicado a Rá-hor-Akhty, Amón, Petah e ao próprio rei divinizado Ramsés II. O segundo templo, e o menor em termos de tamanho, foi dedicado à deusa Hathor, e à esposa favorita de Ramsés II, a rainha Nefertari.



Este belo templo escavado inteiramente nas rochas foi construído Por Ramsés II. Tem uma fachada de 35 m. de comprimento e 30 m. de altura. Encontram-se quatro colossos sentados do rei adiante da fachada do templo. Cada um tem 20 m. de altura e representa o rei sentado no trono com a coroa dupla do Alto e Baixo-Egito sobre o toucado real. Enquanto que aos dois lados e entre as duas pernas se encontram três figuras com tamanho menor que representam as consortes, filhas, e filhos do rei. Também, lá existe uma inscrição em grego feita pelos comerciantes gregos que visitaram o templo durante o reinado do rei Pesmatik I da dinastia XXVI.( 663-525 a.C aprox.). Nos lados do trono existe a representação tradicional do sinal conhecido do Sma-tway (sinal da Unificação das duas terras do Egipto; o norte e o Sul) que ilustra o deus do rio Nilo, por duas figuras gêmeas e bissexuais; a primeira representa o rio do Alto-Egito e o a segunda indica o Nilo do Baixo-Egito. Hapi em forma de duas figuras está a atar a flor de lótus (emblema do Sul) com o papiro (emblema do Norte) como um sinal da unificação histórica do país. Abaixo dos pés gigantescas do rei se encontra uma representação que ilustra os inimigos tradicionais do Egito naquela época: os Asiáticos e os Núbios. Em cima da entrada no centro encontra-se um nicho que contem uma estátua pequena do deus Rá-hor-Akhty representado de pé com o disco solar sobre a sua cabeça. 



O deus Rá-Hor-Akhty era um dos mais antigos e importantes deuses do Antigo Egito, pois foi considerado uma forma do deus Rá, o deus do sol. No topo da fachada encontra-se uma fila de babuínos que simbolizam ao culto do sol. Antes de passar pela entrada chega-se a um terraço retangular, no lado meridional existe a estela famosa que narra a história do casamento do rei Ramsés II com a filha do rei dos Hititas. A terraça conduz a um vestíbulo longo cujo fundo, aos dois lados, está decorado de cenas que ilustram o rei fazendo oferendas diante de Amón-Rá, Mut, e Rá-hor-akhty. Passando por uma entrada decorada dos cartuchos de Ramsés II chega-se a uma Sala com pilares (Hipóstila) que tem quase 17 m. de comprimento e 16 m. de largura. Os 8 pilares dessa sala estão adornados com a figura do rei (com braços cruzados ao peito). A maioria dos relevos entalhados nos pilares é religioso ilustrando o rei ora rezando diante das diversas divindades, ora fazendo oferendas. Na parede oriental encontra-se uma cena que representa Ramsés segundo subjugando os inimigos Asiáticos, enquanto ao lado oposto está há uma cena similar que ilustra o rei subjugando os inimigos núbios. O tecto da nave central da sala hipóstila está decorado de buitres com asas abertas, enquanto o teto das naves laterais está decorado de estrelas. Ao lado esquerdo (no fundo) encontram-se dois quartos ornamentados com relevos pintados, e ao lado direito se encontram 4 quartos decorados de relevos coloridos e impressionantes, provavelmente eram usados como depósitos em que guardavam os utensílios e tesouros do templo. Em geral, As paredes desses quartos estão recobertas de várias cenas religiosas, a maioria delas ilustra o rei fazendo oferendas diante das divindades diferentes. Voltando à primeira Sala Hipóstila chega-se a outra sala pequena de 4 pilares. Lá, encontram-se duas esfinges que guardam a entrada que conduz a está sala pequena. Outra vez aparecem as cenas religiosas e das oferendas. Ao passar pela pequena sala chega-se a um vestíbulo cujas paredes estão entalhados com relevos mostrando cenas de oferendas. Este último vestíbulo conduz ao santuário no centro e a duas capelas laterais sem decorações. O Santuário é um quarto pequeno com um altar no centro e inclui quatro estátuas que representam os quatro deuses principais do templo ( da direita à esquerda) Rá-hor-akhty, o rei Ramsés II (divinizado), Amón, e Petah. É curioso mencionar que o sítio deste templo foi escolhido perfeitamente com grande precisão para permitir a entrada dos raios do sol ao santuário duas vezes por ano, a primeira em 22 Fevereiro e a segunda em 22 Outubro.



TEMPLO DE ABU SIMBEL
Um dia todo dedicado a visitar o Templo construído a mando do faraó Ramsés II, no século XIII a.C. Abu Simbel é um complexo arqueológico egípcio que se situava próximo ao lago Nasser. Com os riscos de inundação dos templos, nos anos 1960 a UNESCO deslocou os monumentos, fazendo com que as bases da montanha do local fossem cortadas e transportadas para o cume, evitando o alagamento das obras. Quando Ramsés II ordenou a construção de Abu Simbel, queria deixar claro às demais sociedades antigas a superioridade do Egito e ofuscar os conflitos gerados após a imposição do antecessor faraó Akhenaton de cultuar apenas o deus Aton – dando origem ao monoteísmo. Ramsés II queria dedicar os dois templos construídos no complexo a si mesmo e a sua esposa favorita, Nefertari. No maior dos templos, há uma fachada de 33 m de altura por 38m de largura, com quatro estátuas de vinte metros cada que representam a figura do faraó.
320 km de Assuã, na remota região da Núbia e em plena fronteira com o Sudão está a  mais caprichosa construção de todo o país, datado do século XIII a.C. São dois templos cuidadosamente escavados na rocha, um dedicado à si próprio, em que Ramsés considerou-se como um deus e o outro dedicado a sua esposa preferida, a rainha Nefertari.
A construção do templo foi um desafio para os arquitetos da época, que além da difícil construção e dos riquíssimos detalhes, o templo contava com um fator inovador e intrigante: dois dias no ano, em 21 de março e em 21 de setembro, as 5 horas e 58 minutos da tarde, um raio de sol atravessava os 65 metros que separavam o santuário no fundo do templo da porta principal e inundava de luz o coração do deus Amon-Rá (deus do sol), sem jamais tocar a deusa Ptah, a deusa da obscuridade. 
Ainda mais desafiador foi para os arqueólogos atuais, que fizeram o transporte do templo para um lugar mais alto após a construção da barragem de Assuã e da consequente formação do Lago Nasser, que inundaria todas as imediações.



O DESAFIO QUE PASSAMOS
PARA CHEGAR ATÉ O TEMPLO
A região, inóspita e insegura, obriga os passeios até Abu Simbel feitos por terra através de comboio ou por avião, ambos saindo de Assuã. Os comboios saem em dois horários: as 4 e às 10 da manhã e são escoltados por policiais. A viagem dura 3 1/2  horas cada trecho e oferece paisagens interessantes do deserto local, inclusive, as tão enigmáticas miragens. Dizem que os Beduínos super armados até os dentes podem se manifestar e por isso seguimos caminho com muitos policiais. Eles não surgiram mas pudemos passar horas vendo o grande deserto. O Templo é enorme, e na volta da caminhada, um bom café ou sorvete, ou suco o que for, em um espaço super simpático nos espera.
De avião a viagem dura pouco menos de 1 hora. Gasta menos tempo no trajeto, mas não tem acesso às miragens do deserto.

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