terça-feira, 17 de julho de 2012

BASILICA DE SANTA SOFIA A "SAGRADA SABEDORIA"







Nesta área denominada Hipódromo, ou At Meydani, fica a Santa Sofia. Pouco resta do que já foi um dia o antigo hipódromo, um gigantesco estádio da época bizantina, concebido pelo Imperador Sétimo Severo, o reconstrutor da cidade de Constantinopla no século 3. Hoje, apenas vestígios de ruínas do que já foi, por 1.000 anos, o centro da cidade. O hipódromo tinha capacidade para 100 mil pessoas no espaço hoje ocupado pela praça At Meydani, onde ficam o Obelisco Egípcio, a Coluna Serpentina e aFonte do Kaiser Wilhelm II. Também conhecida como HAGIA SOPHIA (Άγια Σοφία, em grego, ou Ayasofya em turco, significa "Sagrada Sabedoria"), imponente edifício construído no século 6 - entre os anos 532 e 537 - durante o Império Bizantino, pelo Imperador Justiniano - para ser a catedral de Constantinopla. Foi convertida em mesquita em 1453 e transformada em museu em 1935 por Kemal Atatürk, o venerado pai da Turquia moderna e criador do Estado laico. Usada como mesquita por quase 500 anos. A partir de 1453, estruturas tipicamente islâmicas, como minaretes, foram sendo agregadas ao edifício original, de concepção cristã, assim como a fonte (sadirvan), o mausoléu (turbe) e “cozinha da sopa dos pobres” (imare), que distribuia sopa para os pobres, como um dos desígnios do Corão. Mudando o projeto original, tornou-se muito mais parecida com uma mesquita do que um templo cristão. Mesquita Azul e Sofia, se parecem externamente, diferindo pela cor. Ao longo dos anos, foram construídos apoios do lado de fora da igreja para protegê-la de terremotos; o exterior, na parte do solo até meia altura, é sem estilo. Mesquita Azul e Santa Sofia – dominam a paisagem de Sultanahmete de de Istambul. Mudanças marcantes  fizeram-na perder o brilho da fase áurea do Bizâncio. De igreja cristã a mesquita islâmica a museu. O Imperador Constantino construiu a igreja no lugar onde hoje está a Santa Sofia e deu-lhe o nome de "meggale ekklesia", ou grande igreja. Duzentos anos depois esta igreja, e boa parte de Constantinopla, foram destruídas por incêndios provocados pelo levante contra o Imperador Justiniano, que a reconstruiu ainda mais bela e imponente. As obras custaram uma fortuna equivalente a 18 mil quilos de ouro, executada por milhares de operários que instalaram, durante seis anos diversos tipos de mármores de diversas procedências nas colunas magníficas e em todo o edifício, nas paredes cobertas de mosaicos de ouro e em tantas obras de arte. A santa Sofia tornou-se o mais importante santuário da cristandade oriental e permaneceu assim até que os turcos, em 1453, conquistaram Constantinopla, chamando-a Istambul, para decepção do mundo cristão, que viu a igreja ser transformada em mesquita. Em meados do século XII, os turcos otomanos do Turquestão fixaram-se nesta região e adotaram também o islamismo como sua religião.



É emocionante tudo. A entrada para o Museu fica em sua fachada principal. Depois de pagar o ingresso, passar pelo sistema de segurança e detecção de metais e pelo raio x (semelhante ao dos aeroportos) chega-se a um pátio onde podem ser vistos vestígios das ruínas das fundações da primeira construção original da Hagia Sophia. As portas da entrada da Hagia Sophia são do tempo de Justiniano, mas não são decoradas com motivos bizantinos. O teto é em abóboda, coberto com mosaicos coloridos e com desenhos de motivos florais e geométricos. As paredes em mármore com veios bem destacados. Nas extremidades contruíram as portas para acesso aos minaretes, quando ela transformou-se de basílica para mesquita. As portas de carvalho em bronze pertencem à era bizantina. Uma das partes da igreja onde as características bizantinas estão melhor preservadas. O interior da Hagia Sophia tem 107 colunas, 40 delas no térreo e as demais na galeria superior. As mais importantes e maiores das 107 colunas da Hagia Sophia estão no térreo, algumas delas trazidas de templos ainda mais antigos e de diferentes regiões do império, como do Templo de Artemis, em Éfeso, por exemplo.



As colunas com capitéis decorados com um belo trabalho rendilhado executado no século 6. Os monogramas de Justiniano e sua esposa figuram bem no centro dos capitéis de todas as colunas. O cumprimento total da santa Sofia é de aproximadamente 100 metros. A área da edificação ocupa 7.500 metros quadrados, o que a coloca em quarto lugar no ranking das maiores do mundo, depois da Catedral de São Pedro, em Roma, de Sevilha (La Giralda) e do Duomo, em Milão.
Como nos templos muçulmanos não se representam figuras humanas nem animais, apenas florais e inscrições do Corão, as faces dos querubins foram cobertas por folhas de ouro aplicadas sobre desenhos em forma de medalhões. As paredes têm numerosas janelas que foram postas posteriormente à construção do domo, apenas para reduzirem o peso provocado por este à estrutura que o suporta e protegê-la de desabamento decorrente de terremotos. Mosaicos com figuras de religiosos decoram quase todas as cúpulas e têm representados Santo Inácio, o Patriarca de Constantinopla entre outros.



Os mármores vieram de diferentes regiões do império e foram especialmente selecionados para a Hagia Sophia: o branco, de Marmara, o verde, da Ilha de Egriboz e do Monte Tagetus, perto de Esparta, o rosa de Synada, perto de Afyonkarahisar. O amarelo e o vermelho vieram da África. Instalaram-se painés com inscrições árabes, do Corão, inclusive os medalhões de 7 metros e meio de diâmetro colocados durante o reinado do Sultão Abdulmecid, os quais contém inscrições de um famoso calígrafo da época, Kazasker Mustafa Izzet Efendi, com as palavras: "Allah', "Muhammed', e nomes do primeiro califa e se de seus filhos Hasan e Huseyin.
Os mosaicos impressionam: feitos entre os anos 886 e 912, bizantinos, são executados em ouro. O MIHRAB, é um balcão para o sultão, o UMMINBAR (espécie de púlpito), a MUEZZIN MAHFILI (plataforma em mármore para o muezin ler o Corão), as MAQSURAS (plataformas feitas ao redor de pilares e junto de paredes para que os mais idosos pudessem se sentar e orar), além do MAUSOLÉU DE MURAT III e da FONTE DE ABLUÇÃO, lugar onde os muçulmanos lavam-se ritualmente antes de entrarem nas mesquitas para iniciarem suas orações. Incrível!!!!




A oração Islâmica é um conjunto de atos e atitudes em que o muçulmano alcança diversos benefícios na parte espiritual e física, através da prática de 5 orações diárias durante as quais exerce sua fé e demonstra sua gratidão a Deus por Suas graças. Embora a oração seja aceita por Deus em qualquer lugar, em casa, local de trabalho, etc. Deus orientou para que os muçulmanos construíssem mesquitas a fim que as orações fossem feitas em grupos, já que alinhados em fileiras e lado a lado, estimulam-se o convívio e, portanto, a igualdade entre os que estão orando diante de Deus, e também para reforçar que não deve haver diferenças sociais, raciais, tampouco nem privilégios do governante para o governado. Entre outras condições prévias necessárias às orações, está a purificação do corpo através da ablução, ou do banho, já que o corpo deve estar sem vestígios de impurezas. "Ó fiéis sempre que vos dispuserdes a observar a oração, lavai o rosto, as mãos e os antebraços até aos cotovelos; esfregai a cabeça, com as mãos molhadas e lavai os pés, até aos tornozelos..."(Alcorão Sagrado 5:6....

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