domingo, 12 de fevereiro de 2012

Rainha Elizabeth 2ª: 60º aniversário de sua chegada ao trono.....



A rainha Elizabeth 2ª, completa nesta segunda-feira o 60º aniversário de sua chegada ao trono, renovando seu compromisso de serviço ao Reino Unido e agradecendo ao povo britânico por anos "maravilhosos de apoio e ânimo". Em carta dirigida aos cidadãos divulgada nesta segunda-feira, a soberana britânica manifestou sua emoção pela grande quantidade de mensagens recebidas por causa do Jubileu de Diamante. A rainha, de 85 anos, destacou em sua carta o poder da "união" e "a força da família, a amizade e a boa vizinhança". "Neste ano especial, eu me dedico outra vez a vosso serviço", especifica Elizabeth 2ª. "Também espero que este ano do Jubileu seja um momento para agradecer os grandes avanços conseguidos desde 1952 e olhar para o futuro com a mente clara e um coração solidário ao nos unir em nossas celebrações", ressaltou....
Elizabeth 2ª chegou ao trono após a morte de seu pai, o rei Jorge 6º, no dia 6 de fevereiro de 1952, quando a jovem princesa estava com seu marido, o duque de Edimburgo, no Quênia. As principais celebrações acontecem em junho próximo. Aos 85 anos, a rainha passa a ser a segunda soberana britânica que mais tempo esteve no trono, ficando atrás apenas da rainha Vitória, que foi monarca durante 63 anos....
A Monarquia britânica abre mão de tradições para manter-se viva. Rainha Elizabeth 2ª em foto tirada por Cecil Beaton em 1960 que integra exposição em Londres. Flexibilidade e capacidade de se reinventar e se adaptar aos novos tempos são o que garantem a sobrevivência da monarquia britânica, segundo a avaliação de historiadores e especialistas no tema. O reinado da rainha Elizabeth 2ª, completou 60 anos nesta semana, mas teve de abrir mão de tradições e fazer concessões. Uma delas, a mais significativa, foi alterar a lei para acabar com a primazia masculina na sucessão ao trono.


Alvo de críticas na imprensa e alas republicanas da sociedade, a família real precisou abrir mão de privilégios e começou a pagar impostos para apaziguar a opinião pública. O momento mais crítico do reinado de Elizabeth 2ª foi, porém, a morte da princesa Diana, em 1997. Incapaz de aceitar a popularidade da ex-nora, a rainha bateu de frente com os súditos pela primeira vez. Para resolver a crise institucional, teve de ceder e concedeu a Diana um enterro com as pompas de uma Alteza Real, título que havia perdido com o divórcio.
Andrew Thompson, pesquisador da história moderna britânica na Universidade de Cambridge, concorda. "É uma tentativa da monarquia de não se mostrar uma estrutura tão engessada e prepará-la para o século 21." Pela reforma da lei, a ordem de sucessão passa a ser simplesmente determinada pelo nascimento. Então, o primeiro filho que o príncipe William tiver, não importa se for homem ou mulher, terá o trono garantido. No caso da Elizabeth 2ª, ela se tornou rainha porque seu pai, o rei George 6º, não teve filhos homens.
A rainha, é uma figura reservada que nunca concedeu entrevistas, mas mantém sua influência e carisma graças a uma intensa agenda de visitas oficiais e viagens internacionais, mesmo aos 85 anos de idade. A estratégia é ser vista e interagir com o público, que se junta para vê-la passar com seus chapéus coloridos. "Não é, porém, um concurso de popularidade. Ela leva muito a sério o seu dever de soberana. O senso do dever é uma característica muito apreciada pelos ingleses e é outro fator que conta a seu favor", diz Robert Jobson, jornalista e comentarista que há mais de 20 anos cobre os assuntos relacionados à família real.



A rainha faz questão de fiar acima da política. "Ninguém sabe, por exemplo, qual é a sua posição, porque ela nunca se manifestou a esse respeito", explica Thompson. A sua influência não pode ser desprezada. Mantem conversas semanais com o primeiro-ministro. A monarca é a única que, junto com o premiê e o chanceler, lê todos os papéis de Estado relevantes. "Embora ela não tenha poder de decisão, a sua sabedoria acumulada ao longo dos anos tem um peso e o premiê certamente leva isso em consideração", pondera Thompson.
Elizabeth 2ª deixará como legado, sua dedicação à Commonwealth (Comunidade Britânica), hoje composta por 54 países independentes, a grande maioria formada por ex-colônias e ex-protetorados do império britânico. Além do Reino Unido, a rainha permanece como chefe de estado de mais 15 países, incluindo Canadá, Austrália, Nova Zelândia e pequenas nações do Caribe e do Pacífico.
Discreta, diplomática, não se deixa abalar, ou ao menos não demonstra. 
A popularidade não preocupa a realeza, que se encontra em ótima fase: com o casamento real do Príncipe William com Kate Middleton em abril passado, seguido neste ano pelas comemorações do jubileu e os Jogos Olímpicos. "É um momento muito simbólico e certamente terá reflexos no turismo", afirma a historiadora Lucy. A expectativa é que, em 2012, os palácios reais recebam um número recorde de visitantes: 3,3 milhões.


As comemorações do jubileu, vão ter o seu ponto alto em junho, com uma procissão de cerca de mil barcos pelo rio Tâmisa e um grande show de música em frente ao Palácio de Buckingham. A rainha deu ordem para que não houvesse gastos desnecessários de dinheiro público nas comemorações. O glamour e a pompa reais são justamente o que encantam o povo.

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