sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O livro do Boni e Jô Soares...


Jô Soares é tema de um capítulo de “O Livro do Boni”, chamado “Viva o Jô!”, em texto que ocupa cinco das 464 páginas da recém-lançada autobiografia de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, que por mais de 30 anos ajudou a determinar os rumos da Rede Globo....
Boni conta como conheceu Jô, em 1960, como o tirou da Record, no final de 1969,  e descreve o sucesso dos programas que ajudou o humorista a fazer na Globo (“Faça Humor, Não Faça a Guerra”, “Satiricon”, “Planeta dos Homens” e “Viva o Gordo”). Na última página, Boni fala da saída de Jô em direção ao SBT, no final de 1987, para apresentar um talk-show e o seu programa de humor. “Fiquei magoadíssimo com o Jô e com o Max Nunes (redator dos programas do humorista) porque, além de não querer perdê-los, tinha com eles uma profunda relação de amizade e me senti traído. Gritei, fiz ameaças, mas prevaleceu o carinho que sempre tive pelos dois”, escreve Boni...


Jô, quando recebeu o Troféu Imprensa de Silvio Santos, em 1988, falou das “ameaças” citadas por Boni no livro. Leu um texto que havia publicado no “Jornal do Brasil”, acusando a Globo de ter feito uma “lista negra”, que incluía os seus principais colaboradores. Um texto forte e duro não apenas com a Globo como também com Boni, o seu principal executivo. “Quem sair da emissora sem ter sido mandado embora corre o risco de não poder mais trabalhar em comerciais sob a ameaça que estes lá não serão veiculados”, disse Jô. “Que as chamadas do ‘Gordo ao Vivo’ (espetáculo que apresentava no Rio) não passariam na emissora, eu já sabia desde outubro pelo próprio Boni, que me disse, em sua sala, quando fui me despedir: ‘Já mandei tirar todos os seus comerciais do ar. Chamadas do seu novo show no Scala 2 também esquece. Estou vendo como te proibir de usar a palavra ‘gordo’. Claro que esta última ameaça ficou meio difícil de  cumprir. A megalomania ainda não é lei fora da Globo”, prosseguiu. E completou: “Finalmente eu gostaria de dizer que Silvio Santos foi tremendamente injusto quando chamou Boni, numa entrevista, de ‘office-boy de luxo’. Nenhum office-boy consegue guardar tanto rancor no coração”...
Em 2000, três anos depois da saída de Boni do comando da Globo, Jô voltou a trabalhar na emissora, sob a direção de Marluce Dias da Silva, com seu programa de entrevistas, que apresenta até hoje. Boni e o livro, foram o tema de dois blocos do “Programa do Jô” nesta segunda-feira. O executivo contou muitas histórias, e retribuiu com inúmeros elogios ao apresentador...
O assunto da briga dos dois, citada por Boni em seu livro, não foi mencionado em nenhum dos 50 minutos da entrevista...
A entrevista foi genero promocional....
Ninguém imagina quantos bons atores e jornalistas estão bloqueados por "n" motivos na emissora... até que alguém cante para o "tal" diretor subir...

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