L’Ambassade du Brésil a le plaisir de vous inviter au lancement du livre de Regina M. A. Machado - FICTION ET CAFÉ DANS UNE VALLÉE IMPÉRIALE - Éditions Indigo...
Ficção e café no Vale Imperial, é o livro lançado na Embaixada do Brasil em Paris por Regina A. Machado. A noite do dia 22 de fevereiro, conseguiu reunir celebs, gente noticia e nobres na grande sala da 34, Cours Albert 1 er . 75008 Paris. Animadíssimo coquetel que contou com a presença do Ministro Laudemar de Aguiar (Embaixada do Brasil), Jacqueline Penjon, (professor de literatura brasileira na Universidade de Paris III), Sr. ea Sra. Iwanne Bernard (ex-prefeito de Bonneuil sur Marne), Anne Guia de Créteil, Ivonete Rigot-Muller (ABC), Barão Pierre de SAINT LEGER, Paulo Klein, Ms. Louise Amiche, e muitos outros...
A atração que o vale do Paraíba exerce sobre os escritores do século XIX, sua força como metáfora criadora, é normal entre escritores contemporâneos. Interesse que não se esgota com a passagem do tempo e com a distância que nos separa desse passado..
Os moldes formais e de reflexão criados por José de Alencar continuaram a ecoar bem depois dele. Sua fazenda escravagista fornece elementos para a obra abolicionista, A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, cuja fazenda se situa “nos primeiros anos do reinado do Sr. D. Pedro II. […], à margem do Paraíba”. Em 1914, Coelho Neto cria Rei Negro, terceiro romance da fazenda escravagista, desta vez chamada “Cachoeira, uma das fazendas mais ricas do vale do Paraíba”, no qual pela primeira vez o herói não precisa ser nem parecer branco e tem direito à cor negra. Continuando com essa recapitulação, chegamos até um romance, extraordinário pela feitura e pela época em que surge, cuja aparição surpreendeu toda a crítica do país....
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Anne Guia de Créteil, Ivonete Rigot-Muller (ABC) e Paulo Klein |
Ficção e café no Vale do Paraíba: Três romances da fazenda escravagista - UNIVERSITÉ DE LA SORBONNE NOUVELLE – PARIS III - U.F.R. DES ÉTUDES IBÉRIQUES ET LATINOAMERICAINES - Tese de Doutorado Novo Regime. Estudos Lusófonos (Literatura Brasileira). Regina Maria ABU-JAMRA MACHADO. Tese dirigida pela Professora Jacqueline PENJON...
Fazenda de café escravagista, na metade do século XIX é um universo em plena expansão, no qual reina e governa o fazendeiro com poderes absolutos sobre tudo o que vive em suas terras. Este grande proprietário, ao enriquecer, deseja também tornar-se nobre e compra seus títulos do poder imperial, tornando-se assim essa figura ambígua, ao mesmo tempo respeitada e ironizada, do Barão do café do período imperial brasileiro. Freqüentemente evocado pela literatura nas suas mansões citadinas, esses novos aristocratas criados por D. Pedro II, não chamam tanto a atenção na época da construção de seus personagens e de sua fortuna nesses mundos reduzidos que são as fazendas polarizadas entre Casa Grande e Senzala. Nesse universo, as relações intensamente vividas entre mestres e escravos, constitutivos da vida nacional, compõem o nódulo de trocas quotidianas que invadem um quadro rural e senhorial.
Três romances se interessaram por esse modo de vida que, na época de sua escritura, dizia respeito à maior parte da população brasileira (no que se refere ao aspecto de ruralidade), instalando sua ação numa rica casa de senhor de escravos no meio de uma imensa propriedade na qual as relações entre dominantes e dominados vão evoluir de uma enganosa harmonia à explosão de uma violência tardia mais tanto mais mortífera.....
De nossos amigos da Associação Brasileira de Concertos, Ivonete Rigot-Muller (ABC), Barão Pierre de SAINT LEGER.
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