sexta-feira, 3 de setembro de 2010

OBAMA EM JOGO: LIBERDADE RELIGIOSA???

Recebo do querido jornalista Eliakim Araujo e Direto da Redação -  artigos supermega importantes sobre situações internacionais. Muitas vezes fico de cabelo em pé.

Como diz o ditado: "O pior cego é o que não quer ver". Lembrando que em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver. ....

Diz Eliakim: há um nível surpreendente de pessoas nos EUA que acreditam que Obama é um agente infiltrado do islamismo nos EUA. Todos os presidentes enfrentam problemas de imagem: ou são fracos, beligerantes, neoconservadores, liberais, enfim, acusações subjetivas que fazem parte do jogo politico, falar mal do adversário. Com Obama a coisa é diferente. Ele enfrenta enfrenta boatos ou acusações sobre sua vida pessoal que não são verdadeiros porque estão amplamente documentados. Aparentemente as pessoas se indentificam mais com os boateiros do que com os que falam mal, os detratores.

A partir do episódio da construção do Centro Cultural muçulmano a duas quadras do Marco Zero, onde estavam as torres gêmeas derrubadas pelos atentantos de 11 de setembro de 2001, quando Obama se manifestou a favor da liberdade religiosa e do direito de construir, os boatos de que “Obama é muçulmano” ou “Obama não nasceu nos Estados Unidos” cresceram de intensidade.

Uma pesquisa da CNN revelou que 18% dos americanos acham que Obama é muçulmano, ou seja quase um em cada cinco preferem acreditar em rumores. Em março de 2009, pouco depois da posse, eram 11% os que acreditavam nessa bobagem. Basta ver o buxixo que está no local, foto feita pela correspondente da coluna em New York.



A pesquisa foi divulgada na terça-feira e ganhou tanto espaço na mídia que a Casa Branca se sentiu compelida a informar que “o presidente é cristão e reza todos os dias”. Uma frase estranha que não resiste a uma interpretação mais acurada, em todo caso... A verdade é que o presidente é cristão, filho de pai keniano muçulmano e mãe americana cristã. Ele nasceu no Hawai e viveu dos 6 aos 10 anos na Indonésia, muçulmana. Seu nome completo Barack Hussein Obama soa muçulmano para muita gente.



Obama na Florida.
Vale esclarecer que toda essa confusão começou na campanha de 2008, quando um fotógrafo da AP postou na internet uma foto de Obama vestido com a indumentária tradicional muçulmana (foto) durante uma visita que o futuro presidente fez ao Kenia em 2006. Hillary Clinton, na época rival na disputa pela indicação democrática, também deu sua espetadinha. Em entrevista na rede CBS, perguntaram a ela se Obama era muçulmano. "Não há base para se afirmar isso”, respondeu ela, e depois com um toque de malícia completou “...até onde eu sei".

Na foto, o presidente Barack Obama no sul da Flórida na quarta-feira onfe ficou menos de três horas, participando, no famoso hotel Fontainebleau, de uma recepção cujo objetivo era arrecadar fundos para os candidatos democratas que disputarão o pleito de novembro. Foram arrecadados $700 mil dólares nesse pouco tempo. Depois do encontro, Obama foi ao Jerry’s Famous Deli, em Miami Beach, onde comprou dois sanduiches de carne assada “pra viagem”, posou sorridente para uma foto com os empregados minutos depois de sair da recepção onde uma foto com ele custava 10 mil dólares por cabeça, como doação de campanha. Pode????

O governo Obama quer flexibilizar o fluxo de pessoas e dinheiro entre Estados Unidos e Cuba, embora não fale em suspender o embargo comercial à ilha. A idéia é reativar o intercâmbio científico, cultural e desportivo, como era nos tempos de Bill Clinton. Obama é a favor do contato pessoal entre cidadãos dos dois países. E as pessoas que tenham parentes diretos na ilha, como marido ou mulher, filhos, irmãos, avós ou netas poderão visitá-los com a frequência desejada, bem como enviar a eles remessas financeiras em qualquer montante.



O ex-presidente George Bush endureceu esse intercâmbio em 2005, quando decidiu que os parentes só poderiam visitar Cuba a cada três anos e não poderiam gastar mais do que 60 dólares por dia durante os 14 dias permitidos de permanência na ilha. Remessas financeiras eram limitadas. O problema da Casa Branca é dobrar a resistência dos cubano-americanos mais conservadores que não estão preocupados com parentes e amigos que estão em Cuba, o negócio deles é ferrar os ormão Castro, até mesmo democratas como o Senador Robert Menendez (foto). Para ele, “promover viagens e remessas dará ao regime cubano um fluxo de dólares que só vai permitir aos irmãos Castro manter seu reinado de opressão e violações dos direitos humanos”.



Dá pra entender essa reação?

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