sexta-feira, 9 de julho de 2010

Baby da Europa


Vinicius de

todas as mulheres


A mulher foi o grande tema da vida e da obra do poeta, e amar, uma questão de sobrevivência. Por isso, amou «todas as mulheres do mundo»!

Casou-se com nove delas! Morreu aos 66 anos, de edema pulmonar. E daí? Seu pulmão sobreviveu a todas as investidas possíveis. Tive a chance e sorte de conviver longo tempo com ele e suas loucuras, ao lado de Toquinho que era parceiro de palco. Baixinho daquele jeito, com o eterno companheiro cigarro nas mãos, sempre poetava, sempre!





Na manhã 9 de julho de 1980, «todas as artes morreram um pouco e as mulheres, principalmente, demorarão muito a encontrar outro homem que as ame tanto», registou a imprensa («Contigo» nº 308) evocando essa característica premente do artista «que só pensava em namorar!».

Como o próprio escreveu, em 56, viveu para ser casado, e casou nada menos que nove vezes. Tati (Beatriz) foi a primeira mulher com quem casou (em 39, por procuração) desafiando a tradição da Universidade de Oxford pois os bolsistas com menos de 25 anos eram obrigatoriamente solteiros. O 1º casamento foi o mais duradouro, 11 anos e dele nasceram os filhos, Suzana e Pedro.

A segunda mulher (1946) foi Regina Pederneiras, uma beldade de 20 anos, mas o casamento, conflituoso, durou apenas 2 anos.



Lila Bôscoli (bisneta de Chiquinha Gonzaga) foi a terceira mulher. Foram casados 7 anos e tiveram 2 filhas. Lila foi a musa inspiradora de poemas como «A Hora Íntima», «Poema dos Olhos da Amada» ou o «Soneto do Amor Total».

Maria Lúcia Proença, a quarta mulher (1958), considerada o grande amor da vida do poeta. Com Lucinha, Vinicius viveu um período bastante fértil, tanto no lado poético, como no musical. O casamento acabou em 63 quando Vinicius surgiu como o «poeta da bossa nova» mas ele tentaria reatar com a sua musa maior até o final da sua vida, sem sucesso.

Não conseguiu ficar solteiro, e, no mesmo ano casou com a modelo Nelita, de apenas 19 anos numa época em que Vinícius se entregou ao álcool. O casamento durou cinco anos.

Em 69, de amores pela jornalista Cristina Gurjão, 26 anos mais nova para quem escreveu «Pela Luz dos Olhos Teus».

No quinto mês de gravidez da mulher, envolveu-se com a atriz baiana Gesse, com quem casou um ano depois. Gesse passou a administrar os negócios do poeta que passou a viver como um hippie. Para muitos amigos, ela foi a «bruxa» que atormentou a vida de Vinicius. O «Soneto de Luz e Treva» foi escrito para Gesse...



Em 76, casou pela 8ªvez com a argentina Marta Rodrigues Santamaria (Martita), 40 anos mais nova, que inspirou, por exemplo, o «Soneto de Marta».

Dois anos depois, já estava a pedir em casamento a «socialite» Gilda de Queiróz, com quem viveu até o dia da sua morte. Para ela, Vinicius também escreveu uma música: «Nos abismos do infinito/ Uma estrela apareceu/ E da terra ouviu-se um grito/ Gilda, Gilda».

Esse foi Vinicius que não passou pela vida em brancas nuvens!!!!!

Minhas homenagens ao amigo do passado, de hoje e sempre!!!!

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