Política externa brasileira
cria problemas e
confunde parceiros internacionais
A foto que roda o mundo em todos os jornais!!!
Com a posição tomada em relação à crise política em Honduras e a aproximação com o governo iraniano, as dúvidas começaram a respeito do objetivo do governo brasileiro. Of course que o Brasil é um país soberano e, tem o direito de convidar quem bem entender para encontro com o presidente Lula. Mas a independência de agenda trouxe consequências.
Ninguém é alheio quanto a recusa do país em reconhecer as eleições de Honduras, por sinal, legitimadas pelo governo americano e parte da comunidade internacional. Depois e pior que isso, a aproximação com o governo iraniano. Não se fala em outra coisa: dúvidas frente aos reais objetivos da política externa brasileira.
Com a mudança de rumo com relação à tradição da diplomacia brasileira - que sempre zelou pela discrição e não-interferência nos assuntos internos dos países - a política externa do Itamaraty tem sido mais atuante e menos passiva com relação a diversos assuntos: "Acho que há uma pretensão geopolítica e internacional que politiza uma série de questões internacionais. Há uma vontade de se inserir em áreas onde o país não está sendo chamado a atuar", afirma Mario Marconini, presidente do conselho de relações internacionais da Fecomercio.
Marconini, em suas viagens pela Nova Zelândia, África do Sul, Moçambique e Estados Unidos, no mês passado, foi perguntado sobre a visita do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil: "Isso chamou muita atenção da comunidade internacional. O governo brasileiro tem problemas com preceitos democráticos e de direitos humanos. Prefere se basear nos interesses e não nos princípios. O mesmo vale para a relação com Hugo Chávez, na Venezuela. Acho que há uma linha partidário-ideológica guiando o Itamaraty".
O professor da Unicamp de estudos estratégicos, Geraldo Cavagnari Filho declara: “O Brasil tem relações com quem quiser e não precisa dar satisfação a ninguém. Para ele, o problema maior não está na polêmica figura do presidente iraniano que já negou a existência do Holocausto e defendeu que Israel seja varrido do mapa. A maior questão está no fato de o governo americano não acreditar que o programa nuclear do Irã tenha fins pacíficos. A relação brasileira com o Irã é um passo indesejado principalmente porque o Itamaraty não deu satisfação para os EUA".
Celso Amorim, o chanceler brasileiro, após a visita de Ahmadinejad a Brasília, fez uma visita ao Irã, e afirmou ter discutido com as autoridades do país a questão nuclear: "O que pudermos fazer para que esse diálogo seja retomado, numa base que seja justa e considerada politicamente aceitável pelos dois lados, nós faremos. Mas se isso será possível, só o futuro dirá". Questionado sobre a violação dos direitos humanos no Irã, Amorim defendeu o diálogo no lugar da condenação: "Se quer contribuir para mudar uma situação, você age de maneira diplomática".
A polêmica está na recente crise política em Honduras e o apoio - e abrigo - que o Brasil deu ao presidente deposto Manuel Zelaya. O Itamaraty está no centro de um debate político internacional. Enquanto a maioria dos vizinhos apoiou a posição brasileira na questão, o governo Barack Obama, que mandou um enviado especial para intermediar a crise, considerou a posição brasileira como uma "verdadeira pedra no sapato", de acordo com uma reportagem do jornal Wall Street Journal. Obama estaria decepcionado com política externa brasileira.
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