domingo, 30 de agosto de 2009


Os reality-shows

 estão engolindo todo mundo

 Quem souber fazer, está feito, gostem ou não. O Ibope explode a favor do canal que produz. E o povo quer é mesmo “povo na TV”: personagens reais, gente de carne e osso, gente que chora, gente que ri, gente que briga, que esperneia, sofre, gente que se desespera, seja lá quem for. Quanto mais dramalhão, mais sucesso. As emissoras que optaram por esse caminho, mudaram completamente o esquema de programação. Se o diretor abe segurar a audiência, não é preciso mais nada.

Achou a entrada da caverna de Ali Babá. O telespectador quer conhecer o outro lado da vida dos personagens (na foto, o que mais se expôs, Carlinhos, o mendigo). O nível de quem depende dessa gente, é isso mesmo. Personagens que falam e agem como eles próprios. O galã passou pra segundo plano, principalmente se esnoba seus fãs. Os bonitos e as bonitas que me perdoem, mas perderam lugar pra Febem, para os que vivem sem pai e mãe, para os dramalhões da vida. Estão muito distantes do sonho e imaginação dos autores. Agora o que conta, é a vida como ela é.

Não é só no Brasil não. No mundo todo, viver o reality-show é o assunto e não sobra pra ninguém. Escola de arte? Curso para ser artistas? Que nada. É só chegar lá e mostrar a cruel realidade de cada um. Quando um macaco faz sucesso pintando quadros, do que adianta cursos pelo mundo a fora??? As novelas ainda conseguem audiência na classe média alta ou classe “A”.

Claro que ninguém se preocupa com o tema, e sim com as roupas, o cenário, os lindinhos. Glória Perez arrebentou a boca do balão com a Índia. Mas não tem nada a ver com as histórias do mundo real. Já os shows da realidade quando terminam, todos torcem para que volte rápido com outros personagens para ocupar aquele espaço. No final, todos saem ganhando, a emissora, os atores, as revistas de nús, etc. E o alto investimento que é feito nesse tipo de programa, tem um retorno muito louco, tanto no Ibope quanto no faturamento.

E, as “celebridades de ocasião” se fazem. Não adianta nenhum ator reclamar de samambaias, peras ou uvas, melões ou melancias, porque é o “povo na TV” que está reinando. Prato cheio por Ratinho que sabe tudo desse tipo de show e não estão sabendo aproveitá-lo. Acontece, que muitas vezes o apresentador atrapalha e não sabe dirigir os entrevistados. O Bial com “seus heróis”, sucessou e pegou fama. Muitos deveriam fazer a escola dele.
As emissoras passaram anos escolhendo melhores diretores, atores que tratam de contratar rapidinho para não perderem de vista, mas agora, a coisa mudou. Esta é a nova tendência na programação televisiva. Ou ainda não perceberam?

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