Sua noite de autógrafos movimentou
a Japan House nessa quinta-feira que tem feito eventos incríveis.
Hideko Honma trabalha
com os quatro elementos da natureza - água, fogo, terra e ar -, e a cerâmica é sua
razão de ser e de viver. Com apenas 1,56 metro de altura, ela é gigante: “Eles chegam aqui e pedem branco, branco,
branco. Acabam levando tudo colorido”, diz.
A artesã cria suas maravilhas no sítio da família em Nazaré Paulista, e vive no mundo das altas temperaturas do forno, e material colhido que transforma-se em cinza vegetal. Da cinza faz o esmalte, onde são banhadas as peças. Ou de palha de bananeira, galho de eucalipto, grama do mato em verdes, azuis, marrons e tantos outros matizes.
Produzir o próprio
esmalte a partir de cinzas vegetais é a marca registrada de Hideko, que trouxe
a técnica do Japão. Também das cinzas vem os efeitos da pintura: acetinados,
salpicados, escorridos.
“Vejo linhas compridas apenas. Falta uma espiral. Quem não tem espiral não se encontra na vida”, disse certa vez o pai de Hideko, lendo as mãos da menininha que queria ser artista. Décadas depois, debruçada sobre o torno – ainda sem muita certeza sobre os rumos profissionais -, Hideko viu seu dedo deslizar sobre o barro molhado. Surgia ali, da sua mão, uma espiral. Era da cerâmica seu futuro.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário