Assim
se passa a vida e drama das meninas venezuelanas obrigadas a se prostituírem
para comer no Mercado de Maracaibo, comércio com adolescentes de até 14 anos
que funciona 24 horas.
Diz
a polícia do Estado venezuelano de Zulia (Maracaibo) que prende, em média, dez
mulheres por semana acusadas de prática de prostituição na região do Mercado de
Maracaibo. Muita pobreza.
A
maioria do grupo são menores de idade e sempre há uma indígena que chegam ao
lugar vestindo trapos e pedindo esmolas. É um desastre. Elas vendem café ou
bananas, mas começam a te tocar, falar besteiras. Eles se relacionam com elas
dentro dos caminhões.
Local
de roubo consumo de bebidas alcoólicas e drogas, afetando integrantes de tribos
venezuelanas. Cerca de 35% dos jovens venezuelanos tem a primeira relação
sexual entre os 12 e 18 anos, de acordo com estudos. Na cultura wayuu não
existe um período de transição entre a infância e a idade adulta e, por isso,
não se pode falar de sexualidade precoce.
Na
tradição wayuu chamada de "a clausura", as mulheres adultas explicam
para as jovens na puberdade quais são seus deveres como mulher e futura esposa.
A virgindade não é uma preocupação moral, e nos dias de hoje, com a crise
econômica, a fome, é o terror.
Os
frequentadores do Mercado de Maracaibo usam os corpos das meninas wayuu ou outras
tribos, como moeda de troca para uma quantia que varia entre mil e 2 mil
bolívares (25 a 50 centavos de dólar americano segundo a taxa do mercado
"negro" de divisas), bananas podres ou outro tipo de comida.
A
fome e abandono das populações indígenas da Venezuela desconhecem seus direitos
como populações indígenas. Tem os artigos 119 e 126, mas as leis não são
cumpridas.
Os
responsáveis Órgãos de Estado Fundação Niño Zuliano, o Conselho dos Direitos da
Criança e do Adolescente, casas de abrigo onde o governo hospeda os menores com
as piores situações social e familiar "abordam" no mercado, mas não
solucionam.
Esta
reportagem faz parte da série especial 100 Mulheres, da BBC.
Que
nojo!!!
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