sábado, 3 de setembro de 2016

Jornalista Baby Garroux: ‘O globo da morte de tudo’, no Sesc Pompeia.... Cada um com sua mania...




Nuno Ramos e Eduardo Climachauska inauguram a instalação em performance dividindo a obra em dois momentos diferentes a partir de 3 de setembro, aberta para visitação até 6 de novembro.

O projeto é pensado há mais de quatro anos, a partir do ritual da dádiva, da oferenda, existente em sociedades primitivas. São dois globos de aço sobrepostos e unidos por um ponto, “formando um oito tombado, o símbolo do infinito”, diz Nuno Ramos.

Os globos estarão conectados a quatro paredes de prateleiras de aço, com seis metros de altura, nas quais serão depositados mais de 1.500 objetos, comprados, coletados e doados por amigos e conhecidos ao longo do processo de criação.

Os objetos são agrupados em quatro categorias: cerâmica, cerveja, nanquim e porcelana. “Essas categorias podem ter um aspecto antropológico, mas é muito arbitrário. É uma forma que encontramos para organizar as coisas e podemos trocar os objetos de categoria também.”, explica Eduardo.

A categoria CERÂMICA tem a ver com coisas arcaicas: instrumentos agrários, berrantes e material de construção. A categoria CERVEJA tem objetos ligados à vida cotidiana, como máquinas, troféus e bolas de sinuca. A categoria NANQUIM está ligada à morte, às coisas escuras e calcinadas. A categoria PORCELANA representa o luxo, a frescura e coisas fora de moda, como peças de decoração, frascos de vidro e computadores antigos.

Estes elementos empilhados formam um frágil equilíbrio, contrastando com a presença dos dois globos.

No dia 4 de outubro, às 20h, acontece um evento-performance no qual dois motoqueiros giram dentro dos globos. Com o ruído provocado pelos motores e a trepidação, os objetos despencam parcialmente das prateleiras espatifando-se no chão. A exposição terá dois momentos: o antes e o depois da performance.

A obra traz um aspecto cômico, um fundo de raiva, com sensação de querer que tudo vá pro inferno”, destaca Nuno Ramos, que ainda ressalta: “é a obra que mais me divertiu”.


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