Os tais sete ‘médicos’ foram presos em
ação contra 'máfia' de órteses e próteses no DF, em uma operação da Polícia
Civil e do Ministério Público nesta quinta-feira (1º). O grupo lucrava ao 'receitar' material
sem necessidade, e com isso, 12 mandados de prisão, informaram Polícia Civil e MP.
A ação apura a existência de uma
organização criminosa formada por médicos e empresários que ganha dinheiro
instalando órteses e próteses em pacientes que não precisariam. Foram cumpridos
21 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão.
Cerca de 60 pacientes ou mais, foram
lesados só neste ano apenas por uma empresa. O esquema envolve cirurgias
desnecessárias, superfaturamento de equipamentos, troca fraudulenta de próteses
e uso de material vencido em pacientes. É milionário.
Existem casos de cirurgias sabotadas
para que o paciente seja continuamente operado, gerando lucro para o esquema.
Os médicos também supostamente destinaram produtos vencidos para os pacientes,
trocando produtos mais caros por mais baratos. Só na casa de um deles, foram
encontrados R$ 51 mil. Em outras casas, também foram achados R$ 100 mil, US$ 90
mil e cédulas em euros.
Uma testemunha que tentou denunciar o
esquema sofreu tentativa de homicídio. "Deixaram um arame de 50 cm na
jugular do paciente para matá-lo."
Os alvos são sete médicos, dois
empresários da empresa TM Medical, um coordenador da Secretaria de Saúde, um
diretor do hospital Home e funcionários. O diretor é um dos quatro alvos de
mandados de condução coercitiva, quando o individuo é obrigado a depor. Durante
a ação, um dos médicos detidos tinha acabado de cheirar cocaína, informou a
polícia.
Presidente do Sindicato dos Médicos do
DF, Gutemberg Fialho disse que se as denúncias forem comprovadas, os médicos
devem ser punidos severamente. "Essa prática de indicar procedimentos
desnecessários e superfaturados expõe pacientes a risco e aumenta os custos de
operação. Isso é ruim quando acontece no sistema público, e também é quando
ocorre no sistema privado, na medicina suplementar, pois o usuário acaba
pagando um preço elevado."
Fraude denunciada pelo Fantástico, da
TV Globo que virou tema de uma CPI na Câmara dos Deputados.
Cruzes!!!
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