quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Jornalista Baby Garroux: Carla Camurati e Bruno Barreto substituem Ingra Liberato e Guilherme Fiúza Zenha na comissão que representa o país na disputa por uma indicação ao Oscar 2017.




Carla Camurati e Bruno Barreto substituem Ingra Liberato e Guilherme Fiúza Zenha na comissão responsável por escolher o filme brasileiro que vai representar o país na disputa por uma indicação ao Oscar 2017 de filme estrangeiro.

Ingra e Fiúza deixaram a comissão devido a polêmica envolvendo o filme "Aquarius", de Kléber Mendonça Filho. Protesto à participação do jornalista Marcos Petrucelli no colegiado.

Petrucelli é acusado pela classe cinematográfica e pela equipe do filme de não possuir isenção para participar da decisão, e vem divulgando em suas redes sociais mensagens contrárias a "Aquarius" desde a época de sua exibição no Festival de Cannes.

A equipe protestou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, sendo acusada de ir à França com dinheiro público.

Ingra afirmou em suas redes sociais que deixava a comissão em respeito à classe cinematográfica, mas Fiúza alegou apenas questões pessoais.

O anúncio do filme escolhido será feito no dia 12 de setembro. O eleito não tem indicação ao Oscar garantida e terá que competir com produções de dezenas de países por um lugar entre os finalistas.



Petrucelli levou também à retirada de três filmes da disputa: "Para Minha Amada Morta", de Aly Muritiba, "Boi Neon", de Gabriel Mascaro, e "Mãe Só Há uma", de Anna Muylaert. 

Petrucelli, crítico às posições políticas do diretor Kléber Mendonça FIlho, é vista como uma tentativa de retaliação do governo de Michel Temer a "Aquarius", cuja equipe fez um protesto durante a pré-estreia no Festival de Cannes, em maio, em que denunciava que "um golpe de estado" estava em curso no Brasil.

Quatro outras produções continuam no páreo, além de "Aquarius": "Nise - O Coração da Loucura", de Roberto Berliner, "Tudo que Aprendemos Juntos", de Sérgio Machado, "Mais Forte que o Mundo", de Afonso Poyart, e "Pequeno Segredo", de David Schurmann.


 E assim, com graves acusações, o Brasil chega em Cannes.

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