segunda-feira, 12 de outubro de 2015

"A Verdadeira História do Queen - Os bastidores e os segredos de uma das maiores bandas de todos os tempos" vem bombando...





Pouquíssima gente conhece os bastidores de músicos além-mar que chegam em solo tupiniquim. Mas o Mark Blake, decidiu contar tudo no livro que está ‘causando’. O autor conta as diversas dificuldades da banda na Argentina e Brasil, com promotores locais incapazes de bancar o cachê, policiais corruptos que exigiam suborno para tudo.

No Brasil, o Queen fez show só no Estádio do Morumbi, mas tentou várias vezes conseguir autorização para tocar no Maracanã. Todas as tentativas foram negadas pelo governador Chagas Freitas. Para tentar convencer o homem, a banda ofereceu em troca doações em dinheiro para obras de caridades da primeira-dama do estado. O governador, declarou que o estádio só poderia receber "eventos de relevância desportiva, religiosa ou cultural" (como a visita do Papa, em 1980, e o show do Sinatraem 1981).



A turnê começou pela Argentina e Freddie Mercury queria reproduzir mesmo show que fazia na Europa e nos Estados Unidos toneladas de equipamentos. A banda abriu escritório em Buenos Aires responsável por negociar as apresentações na América Latina. No livro, o fotógrafo da banda, Peter Hince, disse que "as coisas se desenrolaram da maneira costumeira. Você paga a alguém e eles deixam você entrar. Todas as transações eram feitas em dólares norte-americanos, e o escritório do Queen providenciava para estes circulasse em quantidade suficiente".

Queen tinha apresentações marcadas em Córdoba e Belo Horizonte, mas foram desmarcadas por "qualquer motivo". Na Argentina, pediram para a banda não tocar "Don't Cry For Me Argentina". "Havia uma preocupação de que, com uma plateia tão vasta, o evento pudesse assumir um caráter político", disse Mercury. No camarim, Diego Maradona posou para uma antológica foto em que Freddie Mercury aparece mostrando o traseiro para a câmera.



No Brasil, a banda tinha que transportar as 100 toneladas de equipamento por terra da Argentina até São Paulo "atravessando selvas". "Ao chegarem à fronteira brasileira, se depararam com oficiais alfandegários determinados a examinar cada peça do equipamento. Só depois de acordo estabelecido: quantidade de dólares norte-americanos", diz o autor.

Os shows na capital paulista contaram com guardas costas recrutados dentre os membros do tristemente famoso 'Esquadrão da morte', uma ramificação extraoficial da polícia brasileira", escreve o autor. "Eles eram aqueles policiais realmente brutais, capazes de matar pessoas por qualquer motivo banal", disse Mercury.

No Morumbi, a iluminação pifou e foi preciso alugar novos spots. Para não terem os equipamentos confiscados, logo que os shows acabaram, uma equipe transportou as 100 toneladas direto para o aeroporto e um dos integrantes do staff da banda passou 18 horas montando guarda até que tudo pudesse ser embarcado em uma avião de carga para os Estados Unidos, com escala em Porto Rico.


Muitas cositas aconteceram, mas o grupo lucrou US$3,5 milhões de dólares com a turnê pela América Latina. 

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