Jornalista Baby Garroux
O tal do software para enganar agências
reguladoras e usuários sobre a emissão de gases poluentes em pelo menos 11
milhões de automóveis de seus veículos a diesel. A empresa alemã na pior crise
de sua história, sofre uma descoberta que aconteceu por uma casualidade.
O responsável foi o ambientalista Peter
Mock, diretor do grupo International Council for Clean Transportation (ICCT). O
grupo tentava pôr em prática seu objetivo, mostrar que os controles de emissão
de gases poluentes na Europa são bem menos exigentes que os dos Estados Unidos.
Mock queria provar, mas ele não
imaginava o que iria encontrar. Sua equipe estudando as emissões de poluentes
de três modelos: Jetta e Passat, da Volkswagen, e BMW X5, fizeram o teste
em parceria com a Universidade de West Virgínia, nos Estados Unidos.
Esse sistema que revelou a fraude da
Volkswagen. Ele analisa diretamente toda a fumaça que sai do escapamento em
tempo real enquanto o carro anda pela estrada. A equipe testou vários veículos
com o medidor de gases, em viagens de até 2.100 km, de San Diego a Seattle. E
deu no escândalo.
"Esperávamos exatamente o contrário.
Achávamos que os carros iriam passar no teste com as melhores taxas de emissões
porque nos Estados Unidos há um controle rigoroso disso", disse à imprensa
dos EUA Drew Kodjak, diretor-executivo do ICCT.
Os resultados do estudo alertaram a as
autoridades ambientais da Califórnia, que iniciaram sua própria investigação. Quando
a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) entrou no caso, a
Volkswagen acabou tendo que reconhecer que havia instalado deliberadamente um
software em até 11 milhões de veículos a diesel, que era utilizado para enganar
agências reguladoras e usuários quanto às emissões de gases poluentes.
Até o presidente pediu demissão. Martin
Winterkorn renunciou em meio ao escândalo.
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