segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Para quem não entendeu ainda o escândalo da Volkswagen....


Jornalista Baby Garroux






O tal do software para enganar agências reguladoras e usuários sobre a emissão de gases poluentes em pelo menos 11 milhões de automóveis de seus veículos a diesel. A empresa alemã na pior crise de sua história, sofre uma descoberta que aconteceu por uma casualidade.

O responsável foi o ambientalista Peter Mock, diretor do grupo International Council for Clean Transportation (ICCT). O grupo tentava pôr em prática seu objetivo, mostrar que os controles de emissão de gases poluentes na Europa são bem menos exigentes que os dos Estados Unidos.

Mock queria provar, mas ele não imaginava o que iria encontrar. Sua equipe estudando as emissões de poluentes de três modelos: Jetta e Passat, da Volkswagen, e BMW X5, fizeram o teste em parceria com a Universidade de West Virgínia, nos Estados Unidos.

Esse sistema que revelou a fraude da Volkswagen. Ele analisa diretamente toda a fumaça que sai do escapamento em tempo real enquanto o carro anda pela estrada. A equipe testou vários veículos com o medidor de gases, em viagens de até 2.100 km, de San Diego a Seattle. E deu no escândalo.


"Esperávamos exatamente o contrário. Achávamos que os carros iriam passar no teste com as melhores taxas de emissões porque nos Estados Unidos há um controle rigoroso disso", disse à imprensa dos EUA Drew Kodjak, diretor-executivo do ICCT.

Os resultados do estudo alertaram a as autoridades ambientais da Califórnia, que iniciaram sua própria investigação. Quando a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) entrou no caso, a Volkswagen acabou tendo que reconhecer que havia instalado deliberadamente um software em até 11 milhões de veículos a diesel, que era utilizado para enganar agências reguladoras e usuários quanto às emissões de gases poluentes.




Até o presidente pediu demissão. Martin Winterkorn renunciou em meio ao escândalo.

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