quarta-feira, 22 de julho de 2015

Marco Nanini interpreta texto que fala de Oscar Wilde.





O “Beije Minha Lápide”, de Jô Bilac, conta a história do personagem Bala (Nanini), preso por quebrar a barreira de vidro que isola o túmulo do escritor no célebre cemitério de Père Lachaise, em Paris.

O espetáculo deu a Nanini o Prêmio APTR de Melhor Ator Protagonista, e pela primeira vez, no Rio de Janeiro no Oi Casagrande.

São seis apresentações, que começam nesta sexta-feira (24/07).

O túmulo do escritor irlandês Oscar Wilde, no cemitério Père Lachaise, em Paris, é vedado ao público para evitar a erosão provocada, maioritariamente, pelo batom das visitantes que têm o hábito de demonstrar a admiração pelo escritor beijando a pedra. Uma barreira de vidro impede agora que qualquer um se aproxime.



Bala é um  escritor com 60 anos, ainda com prestígio, mas afastado do mundo artístico. Grande admirador de Oscar Wilde, quebra a barreira de vidro, é preso e considerado senil. Na cadeia, recebe a visita da jovem advogada Roberta que se diz enviada pelo Estado como advogada de defesa. Bala não aceita advogados, alegando sanidade  e reafirmando que faria tudo novamente, mas acaba se simpatizando por Roberta,  sem saber que a jovem advogada  foi contratada por Ingrid, filha de Bala, que não o vê  faz muito tempo.



Ingrid é guia no cemitério Pere Lachaise, passa o dia entre as tumbas das maiores celebridades mundiais. Grande fã de Wilde entende as razões do pai, mas não entende o fato dele não aceitar sua visita, nem ajuda. Ingrid é jovem e está em pleno momento de mudança, vê em Paris um reflexo de um sistema cada vez mais asséptico, de um mundo virtual que está cada vez mais perdendo o tato. Ingrid recebe notícias do pai através de Roberta, que acaba revelando que Bala está escrevendo uma carta diretamente para ninguém mais que Oscar Wilde.  Roberta tenta entender as razões do seu cliente, travando embates ideológicos que no lugar de afastar, acaba aproximando cada vez mais os dois.

Na cadeia,  Fabian, jovem carcereiro cuja a ingenuidade e gentileza encantam Bala, inicia uma amizade íntima com o preso, numa linha tênue  entre desejo e poder.


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