segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

China, maior economia do mundo em paridade de poder de compra....




Mega interessante o que diz Joseph Stiglitz na revista Vanity Fair.... Na imagem de um panda sentando em uma águia: "A China entra em 2015 na primeira posição, onde provavelmente ficará por um bom tempo, senão para sempre. Desta forma, volta para o lugar onde esteve ao longo da maior parte da história humana", segundo o vencedor do Nobel de Economia em 2001.

Em abril, o Banco Mundial divulgou a primeira atualização de dados e metodologia do Programa de Comparação Internacional desde 2005 e deixou claro que a economia chinesa ultrapassaria a americana em PPP ainda em 2014.

O "PPP" estima o PIB com base no real custo dos preços e serviços, não nas taxas de câmbio, que são voláteis. Pelas taxas de câmbio, o PIB americano (US$ 16,2 trilhões) é quase o dobro do chinês (US$ 8,2 trilhões). Os EUA ganham no PIB per capita, que é de US$ 50 mil - 5 vezes maior que o chinês.

Stiglitz diz que a China assume as responsabilidades de lider timidamente. Segundo Stiglitz: “cometeram dois erros graves. Acreditar que seu triunfo econômico significava uma vitória de seus valores e usar o breve período sem rivais - entre a queda do muro de Berlim em 1989 e a crise em 2008 - para empurrar uma agenda míope. Falar de comércio livre e justo enquanto insiste, por exemplo, em subsídios para seus ricos agricultores faz os EUA parecerem hipócritas".



Não é hora de conter a ascensão chinesa, e sim permitir que o país participe mais dos organismos multilaterais e dos grandes debates. O jogo mundial não é de soma zero, e criar ressentimentos com a nova grande potência não seria nada produtivo.

Os Estados Unidos deve reformar internamente para continuar irradiando sua capacidade de inspirar e servir de exemplo: "Teremos de cooperar, querendo ou não - e deveríamos querer. Enquanto isso, a coisa mais importante que os Estados Unidos podem fazer para manter o valor de seu poder brando é enfrentar suas próprias deficiências sistêmicas - práticas políticas e econômicas corruptas, para dizer o mínimo, e direcionadas para os ricos e poderosos".

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