Após 19 anos de sua morte... Patrizia
Reggiani, ex-mulher quer mandou matar o empresário em 1995, falou à
imprensa italiana nessa segunda-feira, liberada de uma sentença de 17 anos, que
originalmente era de 26, na prisão San Vittore, em Milão....
Falou ao “Il Giornale”: “Naquela época
[1995], eu estava convencida de que uma criatura como ele [Maurizio] não
merecia viver. Por quê? Nunca contarei”.... “Eu e Maurizio nos amávamos muito.
Ele pedia a minha opinião em tudo na empresa. Todos os arquivos da marca estão
guardados na minha mente; se eles estivessem em minhas mãos, eu saberia o que
fazer. As labels de hoje em dia têm pouca feminilidade”, concluiu....
Comandar a Gucci, nem pensar para
Patrizia. “Eu precisaria de muito dinheiro”, finalizou....
Na prisão San Vittore, Patrizia
descobriu seu poder: “Eu controlava as pessoas à minha volta e todos obedeciam
sem emitir uma palavra.... Cheguei a apanhar, mas reagi na hora. Depois disso,
ninguém mais colocou o dedo em mim. Na verdade, as outras presas começaram a me
imitar, passando maquiagem e perfume”, contou...
Antes de ser presa, Patrizia, sem
dinheiro, trabalhava para a marca de acessórios Bozart, em um cargo no qual
recebe R$ 1.900 por mês....
Maurizio Gucci tinha vários inimigos,
até em sua família. Em 1984, ele conseguiu tirar três primos mais velhos –
Paolo, Roberto e Giorgio – e o tio dele, Aldo, do conselho da Gucci,
conseguindo o controle total da empresa fundada pelo avó dele, Guccio Gucci.
Patrizia e Maurizio foram casados por 15 anos. Eles se separaram em 1987,
mas pediram divórcio oficialmente em 1992. Depois disso, Maurizio começou um
romance com Paola Franchi, decoradora de interiores e amiga dele de
infância...
Que bafo!
Ela acha que agora a maison deveria lhe
dar um emprego, depois de encarcerada em 1998 acusada de contratar um
pistoleiro para matar Maurizio Gucci aos 46 anos, em 1995. O empresário foi
morto a tiros em Milão quando chegava ao escritório para trabalhar. O matador
fugiu em um Renault verde...
O casal se divorciou em 1991 e, na
época, várias pessoas próximas a Patrizia comentavam que ela tinha ficado
furiosa ao saber que o ex-marido estava saindo com outra mulher. Ela temia que,
caso ele se casasse novamente, a herança da filha do casal fosse colocada em
risco...
Após recurso, a sentença inicial de 29
anos foi reduzida para 26 anos, que ainda sofreu diminuição por bom
comportamento. Nos últimos três anos, ela esteve em liberdade condicional e foi
autorizada a trabalhar em uma joalheria em Milão. Recentemente, foi fotografada
fazendo compras com uma arara no ombro.... Em sua primeira entrevista desde que
foi presa, Patrizia disse que queria retomar sua vida por meio do trabalho. “Eu
sonho em retornar à Gucci. Eu ainda me sinto uma Gucci — na verdade, a mais
Gucci de todos”, disse ao jornal italiano “La Repubblica”. “Eu tenho as
qualificações — por anos fiz compras ao redor do mundo. Eu vim do mundo das
joias e é para este mundo que eu quero voltar.”...
Patricia alegou que nunca teve a
intenção de matar Maurizio. “É verdade que, falando com algumas pessoas, eu
disse, num rompante, ‘eu gostaria que Maurizio morresse’. Mas nunca imaginei
que isso se tornaria verdade. Eu nem queria isso. Eu nunca ordenei o
assassinato.”..
Maurizio herdou 50% dos negócios da
família após a morte do pai em 1983, mas gastou a fortuna e foi forçado, uma
década mais tarde, a vender sua parte para um grupo de investimento do Bahrain,
o Investcorp....
Toda essa história da Gucci, de sua formação até a era Tom
Ford, está muito bem contada no livro “Casa Gucci – Uma História de Glamour,
Cobiça, Loucura e Morte”, de Sara Gay Forden (ed. Seoman).
Nenhum comentário:
Postar um comentário