Se você quer conhecer um pouco de um
casamento real...
A princesa dona Amélia de Orléans e
Bragança vai se casar semana que vem, no dia 15, com o escocês Alexander James
Spearman, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé. O celebrante
vai ser o Padre Jorjão...
O último casamento da Família
Imperial Brasileira realizado naquela igreja foi há 150 anos, o da
princesa Isabel com o príncipe Gastão de Orléans, o conde d’Eu... Para a
cerimônia, esperados mais de 150 nobres de diversas casas reais.
A notícia saiu na revista Point
de Vue, para a nobreza. Com certeza um frisson de aristocratas: condes,
duques, príncipes e barões.
A Casa Imperial anunciou, no dia 11 de
junho, por meio da Causa Imperial (comunidade do Facebook), a futura
renúncia de S.A.R. a Princesa Dona Amélia, Princesa do Brasil, por seu
casamento com James Spearman, a realizar-se no dia 16 de agosto, não ter sido
considerado dinástico. Após seu casamento - ou mesmo antes, dependendo da data
em que oficialmente renunciar - a Princesa passará a ser tratada como S.A.R.
Sra.Spearman, Princesa de Orleans e Bragança. Conservará seu lugar na linha
sucessória francesa e as honras que cabem a quem possui essa distinta posição;
porém não transmitirá seus direitos aos descendentes.
Um casamento real atrai a atenção do
público. Os enlaces dos nossos Príncipes e Princesas brasileiros chama a
atenção de jornalistas e tem destaque nas páginas sociais. O evento faz com que
mais cidadãos conheçam a Causa monárquica.
As famílias reais reinantes da
atualidade não mais obrigam-se a casamentos dinásticos. Quando for restaurado o
Império brasileiro, a Assembleia Constituinte extinguirá a vantagem que os
homens têm sobre as mulheres na linha sucessória ao Trono e, dessa forma, a
Princesa Dona Amélia estaria a frente de seu irmão, o Príncipe Dom Rafael, por
ser mais velha que ele.
A Casa Imperial baseia sua existência
nos artigos da Constituição de 1824 e esforça-se para cumpri-los, na medida do
possível. Na nossa primeira Magna Carta, o Artigo 117, do Capítulo IV - Da
Sucessão do Império, diz: "Sua descendência legítima sucederá no trono,
segundo a ordem regular de primogenitura e representação, preferindo sempre a
linha anterior às posteriores; na mesma linha, o grau mais próximo ao mais
remoto; no mesmo grau, o sexo masculino ao feminino; no mesmo sexo, a pessoa
mais velha à mais moça."
Sendo assim, a todos os monarquistas brasileiros,
o Príncipe Dom Rafael é apresentado como aquele que mui possivelmente irá
reinar, para que isso não se perca quando for implantada a moderna Constituição
Imperial, o melhor caminho seria mesmo a renúncia da Princesa Dona Amélia.
No dia 25 de julho de 2013, o jornal
britânico The Timesanunciou o noivado da Princesa Dona Amélia de Orleans e
Bragança, 5ª na linha de sucessão ao Trono do Brasil, com Alexander James
Spearman, da Casa dos Baronetes Spearman, conforme nota abaixo: “James
SPEARMAN & Amelia A. DE ORLEANS E BRAGANCA.
The
engagement is announced between James, son of Mr and Mrs Lochie Spearman of
Perthshire, Scotland and Amélia, daughter of Their Royal Highnesses Prince
Antonio de Orléans e Bragança and Princess Christine de Ligne of Rio de
Janeiro, Brazil. Published in The Times on July 25, 2013.”
Na foto: A Princesa Dona Amélia de
Orleans e Bragança e a Princesa Alix de Ligne, em 2012. Foto: Divulgação.
Por sua mãe, a Princesa Dona Christine,
Dona Amélia descende também das mais antigas e ilustres Casas Reais e
Principescas europeias. A Princesa Dona Christine é filha de Antione
(1925-2005), 13º Príncipe Titular de Ligne, de Épinoy, de Amblise, e da Princesa
Alix (1929), nascida Princesa de Luxemburgo, Nassau e Parma, irmã do Grão-Duque
Jean de Luxemburgo (1921) e tia do atual Soberano luxemburguês, o Grão-Duque
Henri (1955). Os Príncipes de Ligne, da Bélgica, se destacaram como diplomatas,
articuladores políticos e como importantes figuras da sociedade, recebendo a
distinção do Sacro Império Romano Germânico, ainda no século XVI. O tio de Dona
Amélia, o Príncipe Michel, é o atual Chefe da Casa Principesca de Ligne, sendo
o 14º Príncipe titular do nome, Príncipe de Épinoy, de Amblise e Grande de
Espanha, casado com a Princesa brasileira Dona Eleonora de Orleans e Bragança
(tia de Dona Amélia, irmã de seu pai, Dom Antonio).
A união de seus pais, que são primos
(compartilhando o Rei Dom João VI como antepassado) fez com que Dona Amélia
reforçasse seus laços de parentescos com todas as Famílias Reais da Europa.
Dona Amélia tem três irmãos, Dom Pedro Luiz (1983-2009) - falecido no trágico
acidente do voo 447 da Air France, que ligava o Rio de Janeiro a Paris, em
2009, o Príncipe Dom Rafael (1986) - que atualmente é a esperança da
restauração da Monarquia no Brasil, e a Princesa Dona Maria Gabriela (1989).
Dona Amélia iniciou seus estudos nos
Colégios São José e Ipiranga, em Petrópolis, onde passou sua infância. Fala
além do português, francês, inglês e espanhol e como hobby, toca piano.
Formou-se em Arquitetura, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro e mora na Europa – onde tem se aperfeiçoado e adquirido experiência em
sua área de formação, fixando residência primeiramente em Madri e, atualmente,
em Londres, aonde trabalha no conceituado escritório de Arquitetura e Design de
Interiores Camu & Morrison.
O noivo, Alexander James Spearman,
nasceu em 27 de março de 1984, é filho de Lochain Alexander e de Pilin
Spearman. Pelo pai descende de importantes Famílias, e por sua mãe, descende
dos Garrigues, que também se destacaram na cena política, social e cultural da
Europa. James, como é chamado pelos amigos e familiares, estudou no renomado
Eton College (1997-2002), onde também estudaram os Príncipes Willian e Harry, e
na Universidade de Edimburgo (2003-2007), onde se graduou em Línguas Europeias
Modernas. Viveu certo tempo em Madri. Fala, além do inglês, francês e espanhol.
Atualmente reside em Londres e trabalha naStanhope Capital Investimentos.
Ele tem dois irmãos: Jack e A dau.
A criação do título de Baronete à
Família Spearman, de Hanwell, no Condado de Middlesex, data de 28 de abril de
1840, em favor de Sir Alexander Young Spearman, nascido em 1793, em Pentridge,
Dorset, na Inglaterra, filho do Major Alexander Young Spearman (1762-1808) e de
Agnes Morton. Casou-se com Jane Campbell (m.1877), filha de Duncan Campbell.
O noivo de Dona Amélia descende de
Alexander Young, nascido em 1832, casado em 1855, com Mary Anne Bertha Bailey
(m.1860), filha e Sir Joseph Bailey (1783-1858), primeiro Baronete do nome, e
de Mary Anne Hopper (m.1874). Deste matrimonio nasceu Sir Joseph Layton Elmes
Spearman (1857-1922), segundo Baronete do nome, de quem descende o atual
titular.
Pelo pai, Alexander James descende
diretamente dos Condes e Duques de Fife. Sua tetravó, Louisa Anne Caroline
Mainwaring (1842-1933) é tetraneta de Willian Duff (1696–1763), primeiro Conde
de Fife. A Família Duff foi agraciada, pelos relevantes serviços prestados à
nação, com o título de Conde de Fife (em analogia a localidade na Escócia),
porem em 1900, a Rainha Vitória do Reino Unido da Grã-Bretanha, em nova carta
patente, atribuiu à família, o Ducado do mesmo nome no Pariato do Reino Unido.
Em 1889, a Princesa Luisa de Gales (1867-1931), primogênita da Rainha Alexandra
e do Rei Eduardo VII do Reino Unido, casou-se com Alexander Duff (1849-1912),
Conde e 1º Duque de Fife. Deste casamento descende o atual Duque de Fife,
também chamado Alexander (neto materno da Princesa Luisa de Gales). Os Duques
de Fife também utilizam os títulos de Conde de Macduff, Conde de Southesk,
Barão Balinhard e Lorde Carnegie de Kinnaird.
Ufffaaaa..... é monarquia...
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