Direto de Brasilia:
E de olho na alta dos juros, os investidores
estrangeiros aumentaram a compra de títulos públicos do País, ajudando a
mitigar o ritmo de crescimento do déficit externo em fevereiro. Movimento que tende a perder força com o rebaixamento da nota de crédito do País,
depois que a agência de rating Standar & Poor´s informou
nesta segunda-feira, 24, que os papéis do governo são menos confiáveis.
Foi divulgado pelo Banco Central que no primeiro bimestre do ano passado os
estrangeiros compraram US$ 304 milhões em títulos de renda fixa no País. Nos
dois primeiros meses deste ano, o valor cresceu para US$ 5,9 bilhões - sendo
US$ 2,6 bilhões somente em fevereiro.
Assim é que o rombo do
País com o exterior fechou o mês passado em US$ 19 bilhões, abaixo do previsto
pelo mercado. Segundo o BC, o déficit deve atingir US$ 80 bilhões no final
deste ano, ante uma projeção anterior de US$ 78 bilhões. Em 2013, o déficit foi
de US$ 81,4 bilhões.
No acumulado de 12 meses
até fevereiro, o buraco ficou em 3,69% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior
desde fevereiro de 2002, quando atingiu 3,94%.
O aumento
dos juros e a retirada total do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em
junho de 2013, foram decisivos para o maior ingresso de capital estrangeiro em
portfólio, que ajudou a frear o crescimento do déficit externo.
Túlio Maciel,
chefe do Departamento Econômico do Banco Central, defende que esses não foram
os únicos motivos. "Não teríamos esse nível de ingressos se não houvesse
confiança no País", afirmou.

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