terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Uma das cerimônias mais impressionantes que participei foi a homenagem aos imigrantes japoneses trazendo um pedaço do Japão para o Brasil no Bunkyo





Eu fui a convite de Rafael Jun Mabe - - Presidente 2013 da JCI Brasil-Japão -,  cuja família conheço de longa data e principalmente seu avô Manabu Mabe que tive a oportunidade e honra de conviver bem de perto através de Aldemir Martins, grande amigo de toda uma vida.


O que eu vi e senti ali no Bunkyo - - Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social -, somente estando presente para entender este maravilhoso trabalho da JCI Brasil-Japão, uma unidade da Junior Chamber Internacional em São Paulo. Organizaram o maior evento para celebrar os 105 anos da imigração japonesa ao Brasil. O projeto SATOGAERI – A UM TOQUE DO JAPÃO.


Os seus membros uniram esforços com a JCI Japão para produzir um grande mapa da TERRA DO SOL NASCENTE com pedras vindas diretamente de cada uma de suas 47 províncias, iniciativa inédita no mundo.
Projeto que envolveu 400 membros da JCI Japão para providenciar a matéria prima necessária para a sua exposição. A JCI Brasil-Japão montou o mapa e organizou a cerimônia.


Foi aí que pegou na minha emoção porque conheço bem a história desses guerreiros imigrantes que vieram para o nosso país, e que a maioria nunca mais voltou a pisar em sua terra. Eu posso dizer que senti na pele porque fui convidada com mais 35 jornalistas pela JAL e voltei mais três vezes a convite do Ministro e jornalistas a conhecer a Terra do Sol Nascente.


Meu primeiro contato foi exatamente num dia 4 de janeiro, dia de meu aniversário que comemorei dentro do avião, e nunca pensei em receber tantos presentes eletrônicos dos passageiros, depois do bolo que me ofereceram. Fizemos escala no Hawai para outros pontos de entrevistas. Viajei o país de ponta a ponta fazendo conferências em Escolas que para a minha surpresa a maioria dos jovens entendiam e aprendiam a nossa língua. Viajei de Trem Bala, de carro, visitei famílias que vivem nos campos, e quando vi o Monte Fuji pela primeira vez eu achei que estava chegando na morada de Deus. Nara foi um ponto de bom tempo de estudos que jamais poderei esquecer. Kioto (nem acreditei quando pude ser fotografada tocando com a ponta dos dedos o local ali presente uma das pedras) foi outro ponto de maior tempo e Tókio, enfim, cada parte deste país ainda vive em minha alma e sonhos de um dia poder voltar.


Até hoje diariamente assisto pela Sky o canal japonês e mesmo não entendendo a língua, sinto da mesma forma e entro no sentimento do povo. Alguma parte de meus ancestrais vagam por estes lados.


Vou agradecer eternamente à família Mabe, ao Rafael Jun Mabe esta oportunidade. Eles me acolheram e me permitem participar de muitos eventos onde me sinto em casa.


Conheçam o projeto SATOGAERI, conheçam mais de perto a maravilha que eles estão fazendo.


Muito obrigado por poder participar. Um dia eu volto e levarei no coração o sentimento dos que aqui ficaram e trarei um pouquinho de terra que eu possa dividir com cada um dos descendentes que por aqui se encontra.

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