Com tiragem de 13.000
cópias, cheio de informações sobre locais para comer, beber, dormir e ”se
lavar” em Roma. É o que a imprensa italiana apelidou de “Guia
Michelin para Pobres” –, muito pobres. Completando 10 anos desde a
primeira edição, a versão 2014 foi lançada nesta quinta-feira (19/12) e os mais
distraídos podem até confundi-lo com um livro para turistas. O estilo é
idêntico; só muda mesmo o conteúdo.
Ao longo de 227 páginas,
o grupo católico Santo Egídio, indicado ao Nobel da Paz, apresenta
uma lista de 68 locais que oferecem o “sopão”, 42 abrigos para sem-teto, 16
banheiros públicos onde é possível tomar um banho e outros pontos de interesse
para quem já perdeu tudo na vida – de assistência médica a ajuda psicológica.
A crise econômica,
iniciada há mais de seis anos, fez com que o número de mendigos nas ruas de
Roma subisse para 8.000. Segundo estatísticas do próprio governo, divulgadas
esta semana, um terço dos italianos corre o risco de ficar pobre ou ser
socialmente excluído, número bem mais alto do que a média europeia (24.8 por
cento). Elegância é estender a mão a quem precisa.
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