sexta-feira, 19 de abril de 2013

Mário Vargas Llosa Nobel de Literatura desse ano...





O um sul-americano, peruano famoso por retratar a corrupção e a vida política da América Latina. Em São Paulo para a abertura do ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, Mario Vargas Llosa almoçou com Fernando Henrique Cardoso nessa quarta-feira no restaurante do Hotel Emiliano. William Waack e Monica Waldvogel também bateram um papo informal com o premiado. Um cozinheiro pediu seu autógrafo e o escritor autografou nominalmente e tirou foto ao lado do rapaz. Amei!!!!
À noite, no Teatro GEO, do Instituto Tomie Ohtake, Mario Vargas Llosa falou sobre seu último livro “A Civilização do Espetáculo”, que chega por aqui no segundo semestre. Aos 77 anos, ficou em pé por mais de uma hora, citou a importância da cultura em sua formação: “Entrei em contato com a cultura aos cinco anos, quando comecei a ler. Foi a coisa mais importante que me aconteceu”. Criticou a arte contemporânea: “o melhor pintor do mundo hoje não sabe pintar”, se referindo ao artista britânico Damien Hirst. Falou sobre a Bienal de Veneza: “Me senti na Disneylândia. A arte existe para enriquecimento e não apenas entretenimento”. E chamou, sem nenhum pudor, os artistas contemporâneos de palhaços: “Parecia que eu estava em um circo”..... Finalizou elogiando escritores brasileiros e citou Guimarães Rosa e Euclides da Cunha na lista dos seus preferidos:  ”O compromisso de um escritor é com seus demônios, é com aquilo que o inquieta, que o assombra e que até pode até maldizê-lo, desde que seja autêntico e verdadeiro”.
Segundo a Academia Sueca, Llosa faz um verdadeiro mapeamento das estruturas de poder e retrata a resistência, a revolta e a derrota dos indivíduos submetidos a ela. Vargas Llosa é um dos mais famosos escritores de língua espanhola, considerado tão influente como seu contemporâneo Gabriel Garcia Márquez (que ganhou o prêmio Nobel em 1982, o último escritor da América Latina a conseguir a honraria até então). Llosa, é autor de mais de 30 trabalhos, incluindo os famosos “A Guerra do Fim do Mundo” (1981) e “A festa do Bode” (2000). Ele concorreu à presidência do Peru em 1990 e desde então virou um ativista político. Nascido em 1936, Llosa descobriu que queria ser escritor ainda pequeno, quando se entretinha com as aventuras escritas por Júlio Verne. Já mais velho, viveu na Europa, como muitos escritores latinos, e lá começou sua carreira. Atualmente ele ensina literatura latina na Universidade de Princeton (EUA). [NY Times]

Nenhum comentário:

Postar um comentário