A sala da casa de Nanda
Costa em Paraty tem muita coisa pra contar... O especial de Natal de Roberto
Carlos de 2010, ela viu pela tevê ao lado da mãe. "Ano que vem, eu te
levo", prometeu. Cumpriu a promessa dois anos depois. Convidada de honra
do especial do Rei de 2012, a intérprete de Morena na novela "Salve
Jorge" levou a mãe para assistir à gravação na primeira fila. "Foi um
dos momentos mais marcantes de nossas vidas", disse à repórter Eliane
Trindade.
O grande momento, ouvir Roberto Carlos cantar "Esse Cara Sou
Eu", música tema do romance de Morena e Theo (Ricardo Lombardi),
protagonistas da novela de Gloria Perez. Aos 26 anos, dezembro passado, foi
acordada por um telefonema da autora: "Você acabou de passar para a minha
novela". Assustou-se: "É trote?"......
A dona da história
tranquilizou a atriz que até então tinha feito papéis menores na TV.
"Conheço seu trabalho, assisti aos seus filmes e tenho vontade de
trabalhar com você faz tempo", disse Gloria.
Vai encarnar uma garota
de favela que é traficada para ser prostituta na Europa. Está em cartaz em
"Gonzaga: de Pai pra Filho", de Breno Silveira, como mãe de
Gonzaguinha. Ganhou melhor atriz no Festival do Rio por "Sonhos
Roubados" (2009), de Sandra Werneck. Foi premiada em Paulínia (SP) por
"Febre do Rato" (2011), de Cláudio Assis. Foi no papel de Dolores
Duran, no especial "Por Toda Minha Vida" (2008), que se reconheceu
atriz. "Assistir à vida da Dolores era bem mais interessante do que o fato
de eu estar ali representando. Ser atriz é isso."
Ganhou a pecha de
"nada consta" de colegas de elenco, segundo sites de bastidores da
tevê. "Dou risada", diz. "O chato são as justificativas. Uma
hora dizem que não estou dando conta da atuação. Depois, dizem que não falo com
a equipe e sou antissocial." No Projac, é recebida com carinho pelo
maquiador e pela manicure. E enfrenta o carimbo de periguete que colocam na
heroína de "Salve Jorge". "É normal andar assim na favela. Não é
vulgar. Morena é uma mocinha fora dos padrões."
Luciano Sabino está
satisfeito: "Ela é uma atriz visceral, vulcânica, um prato cheio para
qualquer diretor", diz. Em 2006, quando fez "Cobras e Lagartos",
assinou o primeiro contrato com a Globo. Renovado desde então. "É bom
demais ter contracheque, 13º, plano de saúde." Posar nua: "Quanto
mais vivo da minha arte menos penso nisso." Nudez no set não é problema.
Em "Febre do Rato" ficou nua em cima de um carro. "É um filme
fortíssimo. Quando confio na equipe, me jogo. Quem quiser me ver pelada, vá ao
cinema.
Nunca tive contato com meu
pai. "Minha mãe me teve muito cedo e ele não participou. Não temos contato."
Ausência preenchida pelo avô materno, seu José, que morreu em 2010. "Ele
era um cara incrível, a pessoa que mais admirava no mundo. Na minha primeira
novela, ele gastou as economias para comprar uma TV imensa. Dizia que queria ver
a neta em tamanho natural." Em homenagem ao avô, ela fez uma tatuagem no
pé direito: um elefante, símbolo de força. "É o que me impulsiona. Quando
hesito, olho para o elefante e sei que tenho força pra ir adiante.
E vai ainda enfrentar
muito tititi, porque no meio tem que ser fera para enfrentar os bichos imensos
que pensam mandam em tudo.... Vivi isso durante 17 anos aos trancos e barrancos
e foi um tempo enorme ao vivo e a cores e devo ao Vicente Sesso que colocou seu
escudo a postos para que as cobras ficassem enjauladas.
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