quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

AMEI OS COMENTÁRIOS DO REPORTER DA UOL SOBRE O TRIÂNGULO DOURADO




O repórter do UOL narra o que viu do "triângulo dourado" do show de Madonna São Paulo, estádio do Morumbi, 3 de novembro de 1993. A popstar americana Madonna, no país para promover seu polêmico álbum "Erotica". Com apenas 17 anos e dependendo financeiramente dos meus pais, tive a sorte de ganhar um ingresso numa promoção de uma marca de cerveja e vim de Curitiba a São Paulo pegando carona com um professor e um colega da escola técnica para ver de perto a cantora, de quem era fã desde então. Mas o ingresso sorteado era da arquibancada vermelha e meu primeiro contato com Madonna se resumiu a assistir ao show da "The Girlie Tour" de longe, alternando entre as imagens do telão e um binóculo tosco compartilhado com uma fã ao lado, que não parava de gritar: “É a Madonna! Eu tô vendo a Madonna!”
Dezenove anos, um mês e um dia depois, eu finalmente vi a diva de perto. Tudo porque um amigo, cuja companhia desistiu de ir ao show por razões particulares, me ligou dizendo que tinha uma pulseira sobrando e que não conhecia ninguém que a merecesse mais que eu. Com o acessório no braço, pude enfim acessar o "triângulo dourado", local da platéia mais cobiçado pelos fãs de Madonna na turnê "MDNA", que percorre o Brasil nesta semana. Distribuídas por sorteio ou por indicação da própria trupe de Madonna a um seleto grupo de 300 pessoas, as pulseirinhas onde se lê "Golden Triangle", dão acesso à área entre o palco principal e as passarelas frontais. Dali, vi não apenas cada detalhe da performance e cada cristal Swarovski do figurino de Madonna mas pude sentir o cheiro do incenso que sai do imenso defumador do número de abertura.
Vi também o namorado da popstar dependurado sobre minha cabeça tocando tambor em “Give me All your Luvin´” e os pés da diva passando na altura dos meus olhos em “Revolver”.
Ouvi os vocais de “Gang Bang” rolando enquanto Madonna lutava para tirar o microfone enroscado em seu bolso e fingia cantar ao vivo. Também vi, mas quase não ouvi, sua guitarra, cujos acordes soavam tão imperceptíveis, que fico na dúvida se o instrumento não era cenográfico. De perto, pude ainda ver o quanto a cantora engana no número de "slackline" (corda bamba), que só funciona mesmo graças aos esforços do brasileiro Carlos Neto. Em alguns momentos, me envolvi tanto com as performances da trupe, que até esquecia de Madonna no palco. Fã há muito tempo, já era hora de desmistificar a popstar.
Me empolguei com o coro do público em "Like a Prayer", não com Madonna, ali tão pertinho. Não que ela não faça nada. Em “Girl Gone Wild” e “I'm Addicted”, por exemplo, notei que ela ainda domina nos mínimos detalhes o atlético corpo de 54 anos. Fato é que, no "triângulo dourado", você também participa do show. Além de ver, esse também é o lugar para ser visto - “Eu vi você no telão! Eu vi você no telão!”. Esta foi a frase que mais ouvi ao encontrar os amigos na saída do show. Bem mais do que eu, é claro, quem apareceram foram as celebridades e sua entourage inconveniente que pareciam estar ali mais para tirar fotos e mostrar nas redes sociais do que assistir à apresentação.
No "triângulo dourado", eu vi alguns nomes conhecidos, tipo Narcisa Tamborindeguy... Só não vi os fãs dedicados que conheci dias antes na fila, acampados há mais de um mês, na esperança de conseguir a sonhada pulseirinha. Eles estavam do lado de fora, colados na grade, frustrados, cansados de dormir em barracas e loucos por um olhar que fosse de sua musa inspiradora.....



Publicação internacional diz que Madonna ficou “horrorizada” com comportamento de fãs, no Rio ... Madonna ainda está no Brasil. Falta um show para a rainha do pop por aqui, em Porto Alegre. Madge, em publicação estrangeira alfineta a passagem da cantora. Segundo o Daily Star, Madge teria ficado “horrorizada” com o comportamento de fãs e até da segurança contratada. Na nota, o jornal afirma que dois homens conseguiram passar a segurança e começaram a gritar seu nome, mostrando as partes íntimas. “A segurança imediatamente conseguiu resolver o problema, mas Madonna ficou assustada”, conta uma fonte. O Daily Mail, entre outras frases de mal gosto, escreveu que “agora a cantora sabe como todos nós (gringos) nos sentimos”, numa menção à falta de estrutura no Brasil.
Seus filhos mais novos, David Banda e Mercy, em temporada carioca acompanhados de dois amigos: Joaquim e Benício, os filhos mais velhos de Angélica e Luciano Huck. Curtiram a casa dos apresentadores, no Joá, fim da tarde da quarta-feira no shopping, devidamente acompanhados por seguranças e babás. A top Michelle Alves, e seus filhos, Olivier e Mia, mulher de Guy Oseary, empresário de Madonna, também ficou no Rio, curtindo a praia de Ipanema. Não tiveram nenhum problema. Mas quando viram as costas, lá vem crítica ao país....

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