O estado de saúde do arquiteto Oscar Niemeyer, 104 anos, piorou nesta quarta-feira (5) à tarde. Internado há 33 dias, Niemeyer teve infecção respiratória e respirava com ajuda de aparelhos. De acordo com o boletim médico divulgado na tarde desta quarta-feira pelo Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, o estado de saúde do arquiteto "é grave".......
Oscar Niemeyer, morreu pouco antes das 22h desta quarta (5), aos 104 anos, no Rio. Ele estava ao lado da mulher, Vera Lúcia, 67, de sobrinhos e de netos no momento da morte. Dez pessoas o acompanhavam em seu quarto.
Terminou por volta das 9h15 desta quinta-feira (6) uma missa no Hospital Samaritano, no Rio, em sua homenagem. Familiares e amigos do arquiteto participaram da cerimônia, celebrada pelo padre Jorjão e por Omar Raposo, pároco do Santuário do Cristo Redentor. O corpo do arquiteto vai para Brasília, sendo velado no Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff ofereceu o palácio, o que foi aceito pela família. A neta de Niemeyer, Ana Lucia, disse que a importância dele transcende a arquitetura. "É claro que é um ícone, mais do que a arquitetura, mas também pelo trabalho que fez em favor da democracia e da justiça social", disse ela. Aliás, disse tudo......
O enterro do arquiteto está previsto para sexta-feira (7), no Rio. Deverá ser aberto ao público. O enterro ocorre na tarde de sexta, no cemitério São João Batista, também em Botafogo. Niemeyer esteve lúcido até manhã de quarta. O arquiteto carioca, completaria 105 anos em 15 de dezembro.
Oscar Niemeyer assinou cerca de 500 obras no Brasil e no mundo. Brasília é sua obra-prima: "Juscelino chegou à minha casa e disse: 'Oscar, nós fizemos a Pampulha e agora vamos construir Brasília.' E lá fui eu correndo para aquele fim de mundo, uma terra hostil, em que até as árvores custavam para sair do chão, como se qualquer coisa as impedisse"...
A mulher do arquiteto Oscar Niemeyer, Vera Niemeyer, disse há pouco que perdeu a pessoa mais importante de sua vida. Visivelmente abalada, a viúva do arquiteto conversou com jornalistas na porta do Hospital Samaritano, onde Niemeyer morreu na noite de quarta-feira (5) depois de ficar internado por mais de um mês. “Perdi a pessoa que eu mais gostava no mundo. Perdi um amigo, perdi tudo, vai ser difícil.” Vera disse que, mesmo no hospital, o arquiteto se preocupava com a rotina de trabalho de sua empresa e pedia a ela informações sobre o andamento de alguns projetos. A esposa de Niemeyer disse que ele ficou quase todo o tempo lúcido durante os 30 dias em que ficou internado e que, um dia antes de morrer, pediu para comer um pastel e tomar café. Vera afirmou que vai se empenhar para realizar um dos últimos desejos do arquiteto: a produção de um livro que o casal faria sobre artes e centros culturais.
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