terça-feira, 28 de setembro de 2010

COMO VIVEMOS EM TERRAS TUPINIQUIM????

A indicação de "Lula, o Filho do Brasil" para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro causou imensa revolta. A enquete foi feita pelo site do Ministério da Cultura (Minc) entre os internautas, apontando o filme "Nosso Lar" o preferido. Masssssssss, a comissão julgadora elegeu a biografia de Lula para concorrer à estatueta. O filme "Lula, o Filho do Brasil", de Fábio Barreto, foi o escolhido nesta quinta-feira por uma comissão de especialistas para representar o Brasil na disputa por uma vaga ao Oscar de melhor estrangeiro em 2011. O longa foi eleito por unanimidade. Opsssss!!!

A comissão é formada por representantes do MinC, da Secretaria do Audiovisual, Agência Nacional de Cinema e da Academia Brasileira de Cinema. Setenta por cento (70%) dos votantes da enquete escolheram a produção inspirada no espiritismo, mas valeu a indicação da comissão. Internautas que voltaram em "Nosso Lar" estão iradíssimos, pois consideram a produção sobre a vida de Lula maniqueísta e de baixa qualidade. A Academia divulga a lista dos finalistas no dia 25 de janeiro. A cerimônia de premiação acontece no dia 27 de fevereiro, em Los Angeles.


Cena Nosso Lar.

Roberto Farias, presidente da Academia Brasileira de Cinema, disse à Folha que o corpo de jurados escolheu o filme por unanimidade e que a definição levou em conta o fato de Lula ser uma figura conhecida internacionalmente. "Talvez seja o nosso maior astro", disse (opssssssss).  Ele se defende de críticas de que esta foi uma escolha política. "A nossa posição não tem nada a ver com as eleições. É uma coincidência ter escolhido esse filme num ano de eleição", afirma.  Para Newton Cannito, secretário do Audiovisual, a escolha foi uma questão estratégica. "É o filme que tem mais chance de ganhar esse prêmio. Não é o melhor nem o mais popular", explica.

ATENTOS AOS NOMES DOS JURADOS: foram o júri Cássio Henrique Starling Carlos, Clélia Bessa, Elisa Tolomelli, Frederico Hermann Barbosa Maia, Jean Claude Bernardet, Leon Cakoff, Márcia Lellis de Souza Amaral, Mariza Leão Salles de Rezende e Roberto Farias.  Concorriam os filmes "As Melhores Coisas do Mundo", "A Suprema Felicidade", "Antes que o Mundo Acabe", "Bróder", "Carregadoras de Sonhos", "Cabeça a Prêmio", "Cinco Vezes Favela, Agora Por Nós Mesmos", "Chico Xavier", "É Proibido Fumar", "Em Teu Nome", "Hotel Atlântico", "Nosso Lar", "Olhos Azuis", "Ouro Negro", "O Bem Amado", "O Grão", "Os Inquilinos", "Os Famosos e os Duendes da Morte", "Quincas Berro D'Água", "Reflexões de um Liquidificador", "Sonhos Roubados" e "Utopia e Barbárie".

Rubens Ewald Filho 01/01/2010: "... funciona mais como sermão encomendado e tem ranço de “Chapa Branca”. Afinal, em ano de eleição, nada mais com sabor de “culto à personalidade”, lembrando tristes momentos de carreira de ditadores como Stalin, Mao Tse Tung, Fidel Castro, Hitler e Mussolini. (...) Para mim, o filme se aproxima mais dessas biografias de Santos católicos, que parecem predestinados por Deus (aqui não se menciona nunca que força é essa que faz todo mundo ter a certeza de que Lula está destinado a grandes coisas! Será que leram o roteiro antes?). Não é fé religiosa porque ela mal entra na mistura. Nem força de vontade, as coisas acontecem e pronto, ele vai progredindo na vida. (...) Não há duvida que os responsáveis pela criação do roteiro, creditados ou não, sabiam o que estavam fazendo e souberam se inspirar no cinema político soviético, nazista ou mesmo americano".


Cena Nosso Lar.

Ana Aranha e Rafael Pereira - Revista Época 22/01/2010: "... Até a segunda semana de exibição, menos de 600 mil pessoas haviam assistido ao filme. Isso representa metade do público atraído, no mesmo intervalo, por 2 filhos de Francisco. E um quarto do público de Se eu fosse você 2 – o maior sucesso do cinema nacional na última década. (...) A exploração dramática das passagens mais difíceis da vida do presidente, num ano de eleições, porém, foi associada à propaganda política e gerou reações negativas. (...) Nenhum desses problemas seria um obstáculo incontornável para uma obra- -prima. Não é o caso de Lula, o filho do Brasil. Segundo a avaliação quase unânime da crítica, o filme é fraco. Mesmo com estrelas como Gloria e Cleo Pires no elenco, a história emocionante de Lula e o maior orçamento do cinema nacional, o filme de Fábio Barreto não empolga. A saga de Lula, mostrada desde a infância miserável no interior de Pernambuco até o momento em que ele se consagra como líder sindical no ABC paulista, é retratada de forma esquemática, quase caricatural."

Reinaldo Azevedo - Revista Veja, 18/11/2009: "Foi o maior fuá ontem em Brasília. Mil e quatrocentas pessoas deveriam estar no Teatro Nacional para a pré-estréia de “Lula, O Filho do Brasil”, filme da família Barretão que inaugura a estética do lulo-petismo (...)  Ao fim da sessão, aplausos e tal, como seria de se esperar numa platéia esmagadoramente petista — exceção feita a alguns jornalistas, poucos não-petistas, é verdade. Relata um amigo que a reação, no entanto, foi fria. Segundo ele, há momentos no filme, em especial alguns diálogos, que são constrangedores (...) A platéia estava coalhada de ministros. Quem deu o tom adequado para a coisa foi o do Planejamento, Paulo Bernardo. Respondendo a críticas dos que antevêem uso eleitoral do filme, mandou ver: “Não tem nada ilegal ou irregular nisso. Eles [os oposicionistas] também que façam um filme (...) Há uma lei maior e bem mais importante operando aí: a Lei do Poder. Vejam o caso da Oi, antiga Telemar. Se deu R$ 10 milhões para a empresa de Lulinha, por que não daria uma graninha para o filme sobre a vida do pai de Lulinha, que é quem manda?"

Reinaldo Azevedo - Revista Veja, 01/02/2010: "O fracasso do filme “Lula, O Filho do Brasil” já é um sucesso internacional. O jornal espanhol El País traz uma reportagem sobre a flopada do filme intitulada: “Lula fracassa na bilheteria”. No subtítulo, afirma o jornal: “O filme sobre a vida do presidente do Brasil, o mais caro da história do país, fracassa ao criar uma imagem edulcorada e pouco realista do ex-sindicalista (...)" Parece óbvio que um filme assim não teria condições de concorrer a uma indicação ao maior prêmio de cinema do mundo. Enquanto outros da lista angariaram prêmios internacionais, como "Bróder", com três kikitos no Festival de Gramado; ou "Os Famosos e os Duendes da Morte", ganhador do prêmio de melhor filme no Festival do Rio; ou mesmo "É Proibido Fumar", com maior apelo popular, eleito melhor filme de ficção no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro. Então a única conclusão a que podemos chegar é que se trata de mais uma articulação política do aprendiz de Hugo Chaves e Evo Morales: monopolizar os meios de comunicação para impor sua vontade. Só consigo achar que foi um bando de rabo-preso/puxa-saco que votou para que o filme ficasse com a vaga.

Meu consolo é que dificilmente chegará lá. O Brasil pode ser enganado por este picareta semi-analfabeto. Hollywood não, pois não se deixou enganar nem por James Cameron, que é muito mais inteligente! (não estou profetizando, mas costumo acertar. Se errar, corrijo meu erro).

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