Novo ímã vai poupar
energia de 30 mil casas
Os pesquisadores do LNLS criaram alguns protótipos que serão usados no segundo acelerador de partículas: o Sirius. Tem aporte inicial de recursos recebido do MCT. A principal inovação é um ímã permanente que economiza energia nos procedimentos. Implantado, será usado pela primeira vez no mundo em anéis de luz síncrotron.
O Rodrigo Capoeta/Folhapress, conta que o anel por onde correm os elétrons em órbita fechada é composto por trechos retos e curvos. O ímã permanente possibilita que esses elétrons façam as curvas (efeito físico chamado de força de Lorentz). Isso exclui a necessidade de bobinas ligadas aos ímãs, como acontece no anel atual do LNLS. As bobinas, além de consumirem energia, esquentam e aumentam a necessidade de refrigeração. "A economia de energia gerada pelos ímãs permanentes pode chegar a algo equivalente ao consumo de energia de 30 mil residências por ano", afirma o coordenador do projeto, o físico Ricardo Rodrigues. Por isso, o novo anel é conhecido, no LNLS, como uma "fonte verde" de energia. (SR)
Um projeto que custará US$ 200 milhões já tem protótipos, mas ainda não há cronograma oficial para construção. A nova máquina que está sendo projetada por cientistas em Campinas permitirá aplicações em diversos campos. Anel de luz síncroton atual atende à metade da demanda de pesquisas de país e já é considerado obsoleto por cientistas.
A Sabine Righetti conta que: Pesquisadores brasileiros já estão trabalhando em protótipos para o segundo acelerador de partículas do país (e da América Latina). Se construída, a nova máquina será compatível com as mais avançadas do mundo. Batizado de Sirius, o projeto do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), de Campinas, no interior de São Paulo, ainda não tem um sinal verde do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia). Mas os primeiros aportes de recursos, R$ 9 milhões, já foram liberados. O projeto total custaria US$ 200 milhões.
"No Brasil, os pesquisadores teriam de quebrar o fóssil para analisar seu interior", explica o físico francês Yves Petroff. Ele veio ao Brasil no final do ano passado para trabalhar no projeto do novo anel de luz síncrotron. "Estamos fazendo testes para analisar a vibração do piso com base em micrômetros [milionésimos de metro]. Vamos desenvolver o piso mais estável do país", diz o diretor do LNLS.
Fonte: Folha de São Paulo de 14 de agosto de 2010
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