Os convidados dessa
quarta-feira (28/03), teve Galvão Bueno, que narrava todas as corridas de
Fórmula 1 em que o piloto brasileiro foi campeão no palco ao fim da
apresentação para matar a saudade: “VAI LÁ, CHEGOU A HORA, É AGORA, AYRTON
SENNA DO BRASIIIIIIIL!”, disse...
“FOI MUITO EMOCIONANTE REVIVER AQUELES MOMENTOS EM QUE TIVE A
OPORTUNIDADE DE VIVENCIAR OS BASTIDORES E ENTENDER COMO AQUILO FOI IMPACTANTE
PARA O AYRTON, PARA O PAÍS. ACHO QUE A PEÇA CONSEGUE TRADUZIR, DE UMA FORMA
ARTÍSTICA, A GRANDE MENSAGEM QUE ELE PASSOU: A DE QUE O BRASIL PODE DAR CERTO
PELOS VALORES CORRETOS”.
Por lá o
comentarista Reginaldo Leme, que teve participação fundamental no começo
da carreira do tricampeão mundial; Doria, Viviane Senna a irmã do
piloto, e a sobrinha Bianca, Hugo Bonemer, o protagonista.
A peça de Cláudio
Lins e Cristiano Gualda, tem direção de Renato Rocha, direção de
arte e cenografia de Gringo Cardia e figurino de Dudu
Bertholini, com 26 atores que contam a vida do ídolo em acrobacias e
efeitos especiais começando na última corrida em Ímola, na Itália, e tenta
descobrir o pode ter passado pela cabeça de Ayrton naquelas últimas cinco
voltas.
Galvão no palco se
emociona com a presença da família do piloto e do parceiro de transmissões da
F1, Reginaldo Leme.... lágrimas ao lembrar do tricampeão e até “narra” vitória
ao fim do espetáculo
A peça em cartaz desde o
começo de março em São Paulo, com atores representando diversos momentos
marcantes da vida e da carreira do tricampeão mundial de Fórmula 1. Noite de
emoções inesquecíveis.
A montagem recria as
diversas fases da trajetória de Senna. Do jovem apegado à família que sonhava
em se tornar um piloto profissional ao campeão que se dividia entre a glória
nas pistas e a busca por mais segurança e menos politicagem no esporte. Em
determinados momentos, algumas narrações clássicas de Galvão atuam praticamente
como mais um personagem no espetáculo.
- CHOREI UM MONTE COM AQUELA VITÓRIA NO BRASIL. FIQUEI MUITO ORGULHOSO EM
TER MINHA VOZ EM UM PEDAÇO IMPORTANTE, QUE FOI QUANDO EU DISSE QUE “ESSE CARA
NÃO É DESSE PLANETA”, NAQUELA PRIMEIRA VOLTA NO GP DA EUROPA (1993). CONFESSO
QUE FOI ACIMA DO ESPERADO, ME EMOCIONEI MUITO. QUANDO VI, ESTAVA CHORANDO. OS
OLHOS CHEIOS D’ÁGUA. OLHAVA PARA A MINHA MULHER DESIRÉE DO LADO, ELA CHORANDO,
DO OUTRO LADO A BIANCA CHORANDO TAMBÉM. ERAM OS TRÊS ALI, UM CHORANDO DO LADO
DO OUTRO – admite Galvão.
Hugo Bonemer, o ator de
30 anos que representa Ayrton no espetáculo, quando soube que se apresentaria
para pessoas tão ligadas ao piloto teve “UM
ATAQUE DE PÂNICO” antes de entrar em cena.
- EU SOUBE QUE A FAMÍLIA DO SENNA ESTAVA VINDO EM PESO, QUE O GALVÃO
VIRIA, AÍ TRAVEI. ALONGUEI TUDO DE NOVO, AQUECI VOZ TUDO DE NOVO, ESTAVA EM
PÂNICO. FUI PARA A FISIOTERAPIA, MEXERAM NO MEU PESCOÇO, SOLTOU O CORPO
INTEIRO. MAS, DEPOIS, COMECEI A CURTIR. OUVI A RESPOSTA DO PÚBLICO DE VOLTA,
QUE ELES ESTAVAM GOSTANDO. NÃO TEM COMO NÃO SE EMOCIONAR – disse Hugo.
Viviane, fundadora do INSTITUTO
AYRTON SENNA e testemunha de toda a trajetória do irmão até a Fórmula 1 admite
que deu um pitaco importante para os produtores, pedindo que a bandeira do
Brasil fosse incorporada a uma das passagens: “É muito emocionante, porque você
revive aqueles momentos que viveu nos bastidores, e você entende como aquilo
foi impactante para o Ayrton, para o país. Então eu acho que a peça consegue
traduzir, de uma forma artística, a grande mensagem que o Ayrton passou: a de
que o Brasil pode dar certo, e dar certo pelos valores corretos.”
Reginaldo Leme, teve
participação fundamental no começo de carreira do tricampeão mundial, se
emocionou com as referências a Suzuka, onde fez aquela que o próprio Senna
considerava a melhor entrevista que deu a um jornalista. Mas ressalta a grande
rivalidade entre Ayrton e o francês Alain Prost – vivido pelo ator Ivan Vellame
– como um dos pontos altos da peça: “EU
TINHA UMA RELAÇÃO INTENSA COM OS DOIS, ENQUANTO A MAIORIA TINHA COM UM OU COM O
OUTRO. ALÉM DE SER UM ESPETÁCULO PLASTICAMENTE MUITO BONITO, ACHEI BEM LEGAL
MOSTRAR ELE COM O PROST, UM SENTINDO FALTA DO OUTRO, AQUELA COISA DO QUE UM
REPRESENTOU PARA O OUTRO. ESSA PARTE É A MAIS EMOCIONANTE”, disse.
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