Não se consideram 'homem
nem mulher', diz pesquisa realizada pelo instituto OpinionWay. No levantamento
do governo francês em 36% dos franceses entre 18 e 30 anos não se sentem
identificados nem ao gênero masculino, nem ao feminino, segundo o jornal
francês "20 Minutes"..
“ISTO NÃO TEM NADA A VER COM ORIENTAÇÃO SEXUAL (HOMOSSEXUAL, BISSEXUAL
OU HETEROSSEXUAL) OU COM MUDANÇA CIRÚRGICA DE SEXO. ESTAS PESSOAS COLOCAM EM CAUSA A DIMENSÃO FIXA E BINÁRIA DO GÊNERO: OU
ELAS SÃO NÔMADES DO GÊNERO, OU PREFEREM NÃO EXPLICITAR SEU GÊNERO”, resume
Arnaud Alessandrin, sociólogo especializado em gênero e discriminações da
Universidade de Bordeaux.
“ALGUNS SE IDENTIFICAM COMO SEM GÊNERO (8%, NA PESQUISA OPINION WAY),
OUTROS PREFEREM O TERMO GENDER FLUID (11%). MAS O CONCEITO DE NÃO-BINÁRIO
PARECE SER O MAIS ADEQUADO, ATINGINDO 36% DO PÚBLICO JOVEM ENTREVISTADO”,
afirma o periódico.
“Cabelos curtos, rosto
andrógino, mudam de aparência em função de seu humor, de manhã...... ‘Um dia
quer vestir jogging’.... ‘noutro quer saltos altos’.
Karine Espineira,
socióloga e membro do Laboratório de estudos do gênero e da sexualidade da
Universidade Sorbonne Paris VIII destaca: “VIMOS
EMERGIR ESSE MOVIMENTO NA MODA EM 2014... AO MESMO TEMPO, OBSERVAMOS UMA ONDA
DO TRANSGÊNERO NA IMPRENSA E NA CULTURA. OS DOIS FENÔMENOS QUESTIONAM A
IDENTIDADE DO GÊNERO INCORPORADA PELA GERAÇÃO DOS MILLENIALS”, analisa.
Usar batom vermelho em
Paris, tudo bem, mas no interior ele vai apanhar..... Graças às redes sociais,
os jovens podem ver que outras coisas são possíveis, que um homem possa vestir
uma saia ou que uma mulher possa raspar a cabeça. As coisas evoluíram para a
identidade trans, e a questão da identidade não-binária poderá seguir pelo
mesmo caminho.
.
Segundo pesquisa do
governo francês, a YouGov, 36% dos franceses acreditam que o Estado deveria
reconhecer administrativamente a existência de um ‘outro’ gênero”.....
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